maio 07, 2012

Jalouse (FR): Sessão Kristen Stewart

Como poderão notar, a Jalouse é francesa; uma dessas revista  dedicada ao público jovem feminino. Numa comparação com outras publicações estaria próxima à Nylon e a brasileira Gloss. O pouco que sei dela é que foi criada pelos idos dos anos 2000, através da ramificação de uma das mais famosas publicações de moda da França, a L’Officiel.

O mais legal é que no site oficial, há um atalho para os arquivos da revista, aonde você pode acessar TODAS as páginas de qualquer publicação da casa, inclusive essa edição.


Eu folheei a edição, mas não tenho muito a acrescentar. Ela parece ser esse tipo de revista feminina descolada, mas não confiem muito em mim porque meu francês é uma negação.

Algumas observações a respeito da entrevista: não sei dizer se esta entrevistadora Lolita Pille é a mesma Lolita Pille, escritora. Esta tradução foi feita em cima da tradução inglesa do original em francês, então estejam consciente de que pode haver erros. A tradutora do inglês engoliu várias partes do texto e como já dito, minhas aulas de francês nunca valeram para nada além de comer dinheiro da minha família, por conseguinte, ao invés de usar o Google tradutor, deixei os espaços correspondentes aos pedaços cortados em branco.

Para quem não está acostumando, sempre que encontrarem: [...], significa que alguma parte do texto foi cortada. Sem mais delongas, vamos à tradução.

TRADUÇÃO 

A Beautiful Child
Em Na Natureza Selvagem (Into the Wild), o muito belo filme de Sean Penn, ela ilumina a tela. Kristen Stewart, 17 anos, tem uma longa carreira atrás dela, fuma e não bebe álcool. A garotinha de Quarto do Pânico (Panic Room) cresceu. Um encontro num estacionamento em West Hollywood.

No terceiro ato de Into The Wild, entre o cachorro e o lobo, em uma cena com refletores, a chegada de Kristen Stewart se assemelha a uma aparição élfica. Segurando um violão, ela canta, com uma voz rouca, algo a respeito da vida que ela ainda não viveu. Christopher McCandless, mais conhecido como Alexander Supertramp, ou seja, Emile Hirsh, o herói do filme de Sean Penn parece finalmente estar mexido, considerando que ele apenas tem olhos para a estrada e as paisagens e a poesia desses que viajaram antes dele. Ele logo estará na estrada novamente, sozinho, depois de uma estada no acampamento com Tracy.

A essa altura, nos finalmente sabemos que o filme não é o que esperávamos. Sean Penn admite que a parte de liberdade nesse filme é a própria liberdade. Nem sexo, nem drogas farão parte nessa busca pela verdade, ao voltar à natureza. Esse é um road movie de pura beleza e também um tipo de filme anti-conformismo. [...]
McCandless, um jovem brilhante começa uma viagem ao Alasca. Ele encontrará uma ‘vida feliz’ e o impasse para sua própria condição como homem. [...]

“SE PELO MENOS TODO DIRETOR FOSSE COMO SEAN PENN QUE CONSTRÓI SEUS FILMES EM TORNO DOS PERSONAGENS, ou de ideias que eles se importem”.

Nós encontramos Kristen Stewart em LA, Califórnia. No dia anterior, Mischa Barton, bêbada, teria se recusado a pagar o jantar no Chateau Marmont. A cidade inteira fofoca: pessoas estão comentando, discutindo, etc... Como era no passado com o Antigo Regime. [...] Bem vindo á Hollywood! [...] Marilyn matou a si mesma. Lana Turner esfaqueada. [...] Onde starlets são seguidas e expostas 24 horas por dia pela www.entertainment.com. Como ela consegue não tremer quando está prestes a tomar o mesmo rumo que esses famosos atores?

Kristen ainda não é famosa, ele vai de um lugar para outro com poucas pessoas. Ele não exige seu próprio maquiador, não faz nenhuma extravagância. Ela responde à entrevista, sentada no chão do estacionamento do estúdio. Ela fuma bastante, treme porque é inverno e, além disso, diz a verdade.

Ela cresceu em Los Angeles (seu pai é um diretor de palco de TV). Ela não quer que as pessoas pensem que ela é bem sucedida por causa disso. O que ela tem feito ela tem feito por si só. Quando tinha 11 anos ela fez a filha de Jodie Foster em Panic Room com David Fincher. Dessa experiência ela guarda a lembrança de uma ótima indústria. Ele não dirá nada ruim a respeito do diretor que a descobriu, apenas “se todo diretor fosse como Sean Penn, que constrói seus filmes em torno dos personagens, ou de ideia que eles se importem”.

Kristen gosta de filmes independentes sem saber disso. [...] Ela diz “os estúdios de produção tem uma cota de filmes para fazer em um ano, o que é paradoxal ao ponto de que alguns diretores estarem lutando para fazer seus projetos pessoais funcionarem. Existem filmes produzidos sem nenhuma razão, nenhum objetivo, com um planejamento que se precisa respeitar cuidadosamente. Eu estive em locações onde eles estavam filmando nada, mas filmando de alguma forma, tomadas, tomadas e tomadas que tinham absolutamente nada”. Então ela diz “Eu vim de Sundance, foi a segunda vez que estive lá. Quatro aos atrás, eu tive a sensação de que todo mundo estava falando a respeito de filmes. Dessa vez nós estávamos falando sobre nada a não ser sapatos Puma ofertados e festas aonde você deveria ir”.

Kristen tem uma raiva idealística que ela quer manter. Aos 17 ela parece encontrar facilmente seu caminho entre a futilidade e tensões nos negócios de Hollywood. Ela sabe que algumas vezes precisa ficar sozinha. Ela lê, escreve, canta e por vezes fica entediada, mas ela prefere estar entediada do que cambaleante. Ela não quer ser a ‘it-girl’.

Tudo o que ela pede é um emprego. Ela começa realmente a amar atuar quando ela ‘perde’ a si mesma. Ela é mais artística do que uma garota de capa, ela gosta do cinema em si, não apenas porque ela é parte dele. Kristen é uma atriz em absoluto não precisa checar sua filmografia para se convencer. Sua breve performance em Into The Wild é suficiente.

BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇAS

Em poucas semanas ela começará a rodar sob a direção de Catherine Hardwicke, a roteirista de Aos Treze (Thirteen) e Os Reis de Dogtown (Lords of Dogtown). Crepúsculo (Twilight) é uma história sobre uma adolescente de Phoenix que vai para Forks, em Washington, e se apaixona por um vampiro. Kristen tem o papel principal nesse filme, inspirado no romance de Stephenie Meyer. O momento da verdade está próximo. Sua participação no filme de Sean Penn lhe rendeu algumas propostas para assinar de uma forma profissional, em uma banda de garotas. Ela recusou. Ela gostaria de cantar se ela pudesse escrever e se ela tiver alguém bom que a inspire. Ela ainda ouve aos Beatles. [...] Ela admira Michael Gondry e já viu todos os seus filmes. Ao comentário de Brilho Eterno... ela diz “Como poderíamos querer apagar felicidade de nossa memória, mesmo que um pouco de infelicidade viesse depois?”. Quando perguntada se ela já sofreu por amor ela diz que sim. Aos 17, ela abandonou sua inocência para entrar em um idealismo raivoso. Depois de um desconcertado abraço (“nos fazemos isso aqui”) ela se vai sozinha, as mãos nos bolsos, cabeça baixa, enquanto é o começo da noitinha. Então eu me pergunto quem exatamente eu vim me encontrar. Será a evocativa luz ou porque eu dei ré, mas é Truman Capote quem sussurra em meus ouvidos. Ela parece uma linda criança.

“AO INVÉS DE AMOR, DE DINHEIRO, DE FÉ, DE FAMA, DE JUSTIÇA, Dê-me verdade - Henry D. Throreau em Into The Wild.


COMENTÁRIOS

Uma das coisas que mais admiro em Kristen Stewart é essa sensatez que ela possui em relação a própria profissão. Se existe algo que essa entrevista mostra bem, é essa sensação de que por mais apaixonada pelo cinema, Stewart possui a obstinação de uma jovem que mais parece a experiência de uma mulher madura.

É bem verdade que já se vão alguns anos desde essa matéria, mas continuo vendo Stewart como uma rebelde cheia de causa.

PHOTOSHOOT

Lindo. Lindo Lindo. Mesmo dividido em dois momentos, um no estúdio e outro em locação externa, a sessão se aproveita do que tem de melhor; a modelo. Não sei quem foi o stylist, mas ele acertou em cheio. Brincou com peças esportivas e trend ao mesmo tempo e valorizou tudo que Stewart tem de bom.


As jaquetas de couro e botinas/botas (couro sintético?) foram as peças mais requisitadas e deram um ar mais pesado aos looks que eram até bem simples, além de acessórios. Ah claro, as pernas longas da moça foram super valorizadas.




O make quase nada também foi uma boa escolha. Deixa o photoshoot bem leve e condiz com o título da matéria: a beautiful child. Não suporto quando revistas sensualizam demais essas menininhas novas.



Stewart é uma dessas pessoas que tem um olhar de superioridade, mesmo quando não quer, mas que tem a vantagem de parecer sempre misteriosa quando fecha os olhos. E vale lembrar que a cor dos olhos dela é muito bonita.



Essa luz ficou excelente, embora eu pense que poucas foram as imagens que eles puderam aproveitar, pois trabalhar com luz nesse horário é fogo; como o dia está acabando, a luminosidade muda a toda hora e as vezes fica difícil encontrar um bom ângulo.


Diz se esse cabelo não é lindo?! As Krisbians pira!

BANCO DE DADOS

*Revista: Jalouse
*Edição: nº 109
*Data: abril, 2008
*Editorial:
  • "A Beautiful Child";
  • Kristen Stewart;
  • Lolita Pilletexto;
  • Matthew Frost – fotos;
  • Jennifer Eymère – edição;
  • Maimake;
  • Adir – cabelo;
+ entrevista

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