julho 13, 2012

Cat Street: Episódio 2

Quanto tempo uma pessoa leva para perceber que a vida vale ser vivida? Bom, não é provável que os aproximados 40 minutos de um episódio sejam suficiente, mas para os moldes televisivos acho que está de bom tamanho. Depois de vermos Aoyama se arrastando pela vida, presa em um único momento, sufocando emoções durante UM episódio inteiro é hora de vê-la subir até a superfície. Mas ninguém disse que seria uma viagem divertida. 


RECAP EPISÓDIO 2: これって、恋? (Será que isso é paixão?)

Aoyama está parada no meio da rua imersa em sua própria dor, que nem se dá conta de que quase é atropelada. Para a sorte dela, Mine (o cara rude) vê tudo e a tira do meio da pista. Ele diz que foi ver Sunny Days e tem a cara de pau de pedir um reembolso por não ter visto um espetáculo e sim uma menina chorona parada e no mesmo embalo ainda a acusa de estar focada em si mesma. Dá para acreditar nesse cara?


Pela manhã Aoyama observa sua família interagindo, porém assim que eles percebem que ela está presente, todos se calam. E olha que eles nem estavam falando dela. Assim Aoyama acaba voltando à El Liston.

Logo de cara ela reencontra Suzuki e Noda e eles realmente parecem felizes em vê-la. Infelizmente Aoyama ainda tem feridas muito abertas em relação à amizades e não se sente bem em ficar por muito tempo. Quando ela se levanta para ir, Noda pede que fique e faça as pazes com Mine. Ela mal termina de falar e ele aparece e a trata com aspereza outra vez.


Não, não dá para acreditar nesse cara.

Em seguida Aoyama tenta falar com ele sobre um certo acidente que ele sofreu (Noda deu a info.) e mais uma vez ele é grosseiro e manda ela não meter o bedelho onde não é chamada, pois se ele quisesse falar sobre o assunto ele simplesmente falaria. Ok, isso eu posso entender.

Ela vai embora e Suzuki vai atrás. Ele pede (sim, falando) que ela volte. Eles são interrompidos por dois garotos da antiga escola dele e começam a tirar sarro. Aoyama se irrita, começa a atirar ferramentas de jardinagem neles e vai embora. O que ela não percebe é que Mine viu tudo e a foi seguindo.



Eles param em uma loja de discos, mas Aoyama avista sua irmã Chika (Arai Moe) sendo importunada por um trio de garotas. Eles as seguem de longe e ela descobre que as garotas a estão perseguindo para pegarem seu dinheiro, por pensarem que ela é irmã de uma famosa atriz. Mine então saca seu computador (?!) e imita a sirene da policia e as garotas fogem. Na fuga Chika percebe que Aoyama viu tudo.

Ao chegar em casa ela tenta falar com a irmã sobre o que aconteceu e Chika a acusa de ser a causadora de todos os seus problemas, fazendo um discurso bem parecido com o de Mine sobre Aoyama ser egoísta e só pensar em si mesma.


Pensando nisso, ela vai até Harasawa (o amigo da antiga escola) e pede desculpas por ter sido dura com ele na loja de conveniência. Ele finge que não foi nada e então dá a ela um vidrinho da cápsula do tempo que eles fizeram quando eram crianças; dentro do vidrinho está escrito: Meu sonho é me tornar uma atriz. Mas para Aoyama, ser atriz era apenas o sonho de seus pais, não um sonho próprio.


De volta a El Liston Aoyama e Noda conversam sobre garotos. Ela confessa que talvez goste de alguém; um rapaz alto, que joga futebol... então de repente as duas aparecem no campinho em que Harasawa treina e Noda começa a torcer feito uma lunática. #vergonhaalheia.


O que as meninas não esperavam é que Harasawa estivesse recebendo cuidados especiais de uma das assistentes do time. No entanto Noda acha que isso não seja motivo para que a amiga se sinta para baixo, pelo contrário, agora que ela deve mesmo lutar por ele e ganhá-lo... pelo estômago.

A próxima coisa que se vê é Aoyama, uma completa inútil na cozinha, com medo de uma panela cheia de óleo. O resultado? Obentô. Nem me perguntem, não sei o que ela colocou lá dentro.


No dia seguinte, os quatro, Aoyama, Noda, Mine e Suzuki estão assistindo ao jogo de Harasawa e por algum motivo Mine parece mais carrancudo do que de costume. Quando Aoyama vai finalmente entregar seu obentô caseiro para o amigo, as assistentes aparecem com vários deles. Por algum outro motivo, Mine espera por Harasawa no final do jogo quando já não há mais ninguém, nem as meninas.

Para azar de Noda e Aoyama elas esbarram em Harasawa mais tarde, exatamente quando ele e SUA NAMORADA estão combinando de ir ao cinema.


Aoyama passa mal e deixa todo mundo em pânico já que some e ninguém tem a menor ideia de onde ela se enfiou. Até mesmo o diretor entra no grupo de busca. E enquanto isso nossa heroína vaga pelas ruas, perdida em pensamentos.

De repente eles se lembram de procurar na escola e no terraço eles a encontram. Por um segundo ela parece surpresa e talvez por isso ela revele que estava pensando em se matar, já que para ela, viver se tornou tão doloroso.


Bem no meio desse discurso corta-pulso Mine a chama para a realidade, mandando que ela pare de dizer bobagens. Será que ela não percebe que eles estavam preocupados? Será que ela não consegue imaginar que eles iriam sofrer se ela morresse? É um discurso tão bonito, tão verdadeiro e ao mesmo tempo uma tapa na cara que Aoyama desaba chorando e precisa ser amparada por Noda.

E em meio as lágrimas eu me pego concordando com as duas amigas: 
As pessoas voltam à vida!

♪Planetarium – Ikimono-Gakari♫

Segue as imagens do próximo capítulo...

COMENTÁRIOS

O arco da Aoyama é realmente muito bonito, não é mesmo? E a Tanimura Mitsuki fez um trabalho bem cuidadoso com ela. Uma personagem desse peso poderia facilmente ser rotulada como uma fraca inútil e em nenhum momento defendo esse tipo de pensamento, mas muitos de nós acabariam tendo uma postura muito similar a do Mine, tratando-a com rispidez por ela ser tão... incapaz.

Mas é dessa forma que seremos capazes de ver como a evolução dela é interessante.

Somos movidos por algo nessa vida, sejam bons ou maus sentimentos (inveja, ambição, amor, esperança, etc...) e encontrarmos alguém assim tão vazio é algo um pouco enfurecedor, mas a verdade a respeito de Aoyama não é que ela seja vazia. Ela na verdade têm tantos sentimentos dentro de si, sentimentos que ela tentou enterrar fundo na alma para que não tivesse de olhá-los, senti-los, que na primeira oportunidade que eles tiveram de se desprender, a dor foi ainda maior do que seria se, de repente, lá no inicio, ela tivesse apenas encarado seus erros e medos e depois seguido em frente.

De algum modo é como se ela nunca tivesse vivido, como se os pequenos detalhes do nosso dia a dia, aqueles que nos provocam a lutar, que nos fazem mais forte, nunca tivessem acontecido para ela. A conversa entre o diretor e Mine explicita bem o que quero dizer.

Diretor: Um coração partido é algo que irá acontecer muitas vezes na vida. Bem, não importa o que aconteça; é doloroso, mas quando acontece várias vezes... isso cria uma imunidade, certo? 
Mine: Ela não tem nenhuma. Imunidade, ou qualquer coisa assim. Ela... acabou de sair para o mundo real.
Outra coisa que adoro é essa ligação que os quatro acabam tendo. É como dizem, os amigos são a família que nos permitem escolher. E por algum motivo essa família é formada por sonhos despedaçados e momentos de dor, humilhação e impotência.


É triste e bonito ao mesmo tempo. Agridoce. Das sensações duais que se pode sentir, definitivamente a minha preferida.

E não é que eu estou curtindo Ikimono-Gakari? Talvez seja por que mudou a imagem?

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