novembro 12, 2012

I Miss You: Primeira Semana

Eu estou tão, tão ferrada!
Agora que me arrisquei a assistir ao drama e não só ficar repassando as notícias, eu descobri que ele é puro (MELODRAMA)³. Aliás, 3 é pouco, essa potência tá mais para looping infinito (isso é redundante, eu acho). E não se esqueçam que estamos apenas no inicio do inicio, com o elenco jovem, e o drama já veio com a força toda – será que eu preciso alertar mais do que isso?




EPISÓDIO 1 - RESUMO


Lee Soo Yeon (Kim So Hyun, no futuro Yoon Eun Hye) é uma garota solitária e perseguida pelos colegas da escola por ser filha de um ex-condenado (por assassinato). Sua boa disposição é um forte contraste em relação ao modo como ela é tratada pelas pessoas a sua volta, inclusive sua mãe – que está disputando feio pelo troféu de “Pior Omma em K. drama”. Em sua defesa posso dizer que boa parte de sua péssima conduta pode ter a ver com a vida medonha que ela vinha levando?


Seu primeiro encontro com o jovem Han Jung Woo (Yeo Jin Gu, no futuro Yoochun) a deixa cheia de esperanças, já que o rapaz não a destrata como as outras pessoas. Seu sorriso de felicidade é tão grande que me dá um dó danado da garota nas cenas seguintes quando ao descobrir sua má fama (filha do assassino), Jung Woo passa a ignorá-la feito as outras crianças.

Felizmente depois de presenciar varias humilhações que a garota passa só por ser filha de alguém podre (e não necessariamente ser podre também), tanto na escola quanto em sua vizinhança, Jung Woo decide que eles serão amigos.


Junto com o enredo das crianças, uma sucessão de acontecimentos típica dos primórdios da Dramaland acontece.

Han Tae Joon (Han Jin Hee), pai de Jung Woo, é um chaebol sedento de poder. Assim que sai da cadeia (colarinho branco, talvez?) ele trata de ameaçar sua madrasta Kang Hyun Joo (Cha Hwa Yeon) para que ela devolva seu dinheiro, ao que ela se nega, alegando que o dinheiro é dela, seu marido, pai de Tae Joon lhe deu. Como Tae Joon não tem conhecimento da palavra "não" ele ameaça matar o filho dela, seu meio-irmão, Kang Hyung Joon (no futuro Yoo Seung Ho), que por sinal já deu um jeito de escapar de ser pego, mesmo que ele tenha acabado se ferindo no meio tempo.

Em retaliação, Hyung Joo arma com sua amiga/comparsa e enfermeira Hye Mi (Kim Sun Kyung) para sequestrarem o filho de Tae Joon, nosso fofo Jung Woo.

EPISÓDIO 2 – RESUMO

Soo Yeon é surpreendida pelo inesperado convite de Jung Woo para serem amigos, mas aceita. Eles até criam uma piada interna para si – quando Soo Yeon parece prestes a chorar Jung Woo bloqueia o vento, já que ele, o vento, é o culpado de suas lágrimas (essa desculpa foi a própria garota que usou no episódio anterior).


No dia seguinte na escola Soo Yeon é mais uma vez atormentada pelos colegas e Jung Woo parece a ponto de ir ajudá-la, mas a garota se defende bem. Ela por sinal o ignora totalmente e ele aborrecido pergunta o que está acontecendo. Ela acha melhor manter a amizade deles em segredo, já que ficando perto dela ele também será considerado um 'nada', mas o garoto não aceita.

Ele por sinal dá um jeito de fazer com que todos saibam que eles são amigos e logo ele também passa a ser vítima do bullying coletivo, exatamente como a garota previra. Aww~ que lindo. O que ele fez, não a parte do bullying.

Depois eles acabam salvando o pequeno Hyung Joon de um incêndio no quartinho onde o garoto havia sido escondido pela enfermeira Hye Mi – na vizinhança de Soo Yeon já que Seul é do tamanho de um ovo de codorna (critério padrão Dramaland). E nem ele nem Jung Woo tem a menor ideia de que são parentes até que a enfermeira Hye Mi pega o garoto de volta e revela que ele estava com o filho de seu maior inimigo. Coisa feia, semeando a discórdia na cabeça da criança! Tsk, tsk.


Enquanto isso, a mãe de Soo Yeon, Kim Min Hee (Song Ok Sook), resolve que não pode mais com as ajummas revoltadas da vizinhança e resolve se mudar de mala, cuia e filha para a casa do detetive Kim Sung Ho (Jun Kwang Ryul), que não tem lá muita coragem de não aceitá-las em sua casa, pois está se sentindo culpado por ter prendido o marido de Min Hee - e depois que ele foi executado descobriu que o cara era inocente.

Quem não gosta nada dessa história é a filha do detetive, Kim Eun Joo (no futuro Jang Min In Ae), que de inicio se revolta com o pai e implica com Soo Yeon, mas acaba aceitando a garota, ainda mais quando ela vem com um amigo tão bonito a tiracolo. Há!

De repente a amizade de Soo Yeon e Jung Woo começa a mudar. Para ele quando a garota beija o amigo sem querer (sem querer mesmo). Para ela acontece quando ao passarem por uma lâmpada defeituosa Jung Woo se segura nela para ajeitar o poste de luz e o momento simplesmente fica carregado daquela emoção doce... (nessa parte o beijo já aconteceu, pena que ela não saiba).




Depois de uma noite feliz e animada com sua nova família e seu novo amigo, Soo Yeon rabisca em uma parede “보고싶다” (que além de título do drama também significa "eu quero te ver" no sentido de "sinto sua falta") e ao lado dela observando tudo isso está Jung Woo crescido (Yoochun) que com lágrimas nos olhos declara:

Você está sorrindo, Soo Yeon? Eu estou com tanta raiva que poderia morrer... Eu estou prestes a ficar louco porque estou com tanta raiva...”.
FANGIRLING

Eu absolutamente adoro os adolescentes e como eles criam entre si esse código que somente eles entendem e que são tão cativantes.

A sombrinha que Soo Yeon oferece para Jung Woo não vale nada, mas a intenção sim. E o fato dele tê-la consertado toda antes de devolver e ainda ter colocado a etiqueta “Pertence à garota mais famosa nessa vizinhança, Lee Soo Yoon”, mesmo que para os outros possa parecer que ela fez isso, é apenas prova de que nada é desperdiçado nesses garotos.


Outra cena adorável é a parte onde Jung Woo pega um prendedor de roupa e coloca no cabelo da amiga feito um grampo de cabelo e diz: “ah, é assim que você se parece” – nos lembrando da primeira vez que ele sentou os olhos nela e tudo que dava para ver eram seus longos cabelos.


Provando a importância da amizade e do afeto criado, Soo Yeon passa a usar o grampo como se fosse a última sensação do desfile da Dior. O que convenhamos, pode até acontecer. Há.

OPINIÃO

Woah. Quanta pressão. Logo de cara o drama despenca em nossas cabeças com uma sucessão de acontecimentos e pessoas e situações e se não ficarmos atentos, é bem capaz de não entendermos muito bem algumas coisas. Até onde sei todas as blogueiras de k. drama estavam com o guia de personagens o tempo todo.

Então eu diria ao show para dar uma desacelerada de vez em quando. Isso na verdade foi um ponto negativo mais presente no primeiro episódio do que no segundo, pois a história optou em fundamentar os seguintes pontos-chave.
  1. Lee Soo Yeon sofre tudo o que uma mocinha deve sofrer e mais.
  2. As disputas familiares afetam diretamente a vida dos protagonistas – nada de mero acaso. 
  3. O relacionamento de Lee Soo Yeon e Han Jung Woo não veio com os contornos de "escrito-nas-estrelas", é algo que nasce do bom coração que ambos têm e isso por si só já me alegra. 
Os personagens que gravitam ao redor dos principais são os que me preocupam, pois são eles que entornam o caldo. Passam um por cima do outro e atropelam uns aos outros em um jogo onde poder é status definitivo, embora não pareça ser o único alvo.

Falando assim à grosso modo, I Miss You (보고싶다) tem tudo para ser um drama clássico, só faltam as cenas no rio Han, mais outro segredo de nascimento e alguém estar morrendo de câncer. E é bem aqui onde meu sexto sentido me diz que não é essa a intenção desse show.

Pelos trabalhos anteriores da roteirista Moon Hee Jung (Can You Hear My Heart?, Smile You), sabemos que apesar do peso dramático das origens dos personagens centrais, suas histórias servem para nos dar essa sensação de densidade, de realidade que sem querer buscamos nesses programas. É fácil dizer “ai gente, isso aí é tudo mentira”, mas a beleza da ficção está em nos fazer acreditar que ela pode existir e para que isso aconteça, as pessoas dessas histórias precisam ser criveis, precisam provocar empatia.

I Miss You está se esforçando em querer que nos apeguemos a esses adolescentes de lares despedaçados e falta de afeto. Kim So Hyun não poderia ser melhor exemplo para isso; ela é perfeição pura.


A forma como ela aceita todas as intempéries nos revolta e nos faz querer distribuir um bom corretivo em todo mundo que a faz sofrer, pois apesar das diversidades, ela é uma criança que ainda espera por uma chance de ser querida, de ser tratada como alguém que merece carinho e proteção.

Alguém que merece mais do que ficar molhada na chuva feito um bichinho rejeitado. É bem verdade que essa sensação de melancolia é também produto da direção do PD Lee Jae Dong (Can’t Lose, Get Up, Thank You). É um drama bonito de se olhar, de um jeito triste. Não há nada de contrastante nas cores, como vimos, por exemplo, em To the Beautiful You, mas a impressão que se tem é que estamos vendo tudo por um filtro ligeiramente cinzento, exatamente como num dia nebuloso. Aquela sensação pesada e carregada do ar que espera a chuva cair ou algo similarmente ruim acontecer.


Já me peguei mais de uma vez franzindo a testa para minha tela pensando “Porque estou sentindo que vem coisa pior por aí?”. E talvez seja por isso mesmo que quando temos pequenos momentos de felicidade nosso coração se aperta, pois algo nos diz que ela não irá durar, que esse momentos são breves e devemos aproveitar. Será por isso que meus olhos se enchem de lágrimas?

Para piorar, em uma das sequências iniciais vimos a versão adulta de Jung Woo caído com sangue escorrendo da cabeça. Aquilo foi um TIRO, ou eu estou delirando? Como I Miss You, como o próprio nome diz só sente saudade e não pena, e fez o favor de inserir Yoochun em cena com Kim So Hyun, as dúvidas me consomem, pois quero saber se ele está apenas se lembrando dela, ou se ele está revivendo suas lembranças, num estado de passagem post mortem.

Tristeza pouca é bobagem.


I Miss You está no ar pela MBC ás quartas e quintas.

Fotos: MBC/bogo; IMBC;  GIFs: Fuck Yeah! Kdramas;

4 comentários:

COMENTE E/OU RECLAME