janeiro 18, 2013

TAM Nas Nuvens (BR): Sessão Gaby Amarantos

Eu não sei se o que vou confessar agora vai me meter em problemas, mas um dos pontos positivos de se viajar pela TAM, pelo menos para mim que sou uma dessas esquisitas que precisa ler durante o voo, é que se eu acabar me esquecendo de carregar a bateria do notebook e não levar nenhum livro ou revista, posso contar que vai ter pelo menos uma revista legal disponível no avião e vou sorrateiramente enfiá-la na minha bolsa e trazê-la para casa.

A TAM Nas Nuvens foi feita mesmo para quem curte viver na ponte aérea, pois traz informações e dicas para esse público, mas também aproveita para falar sobre um pouco de cultura pop (música, cinema, exposições, artes em geral, yadda, yadda) e costuma trazer entrevistas bem legais nas matérias de capa.

É uma ótima pedida para os gringos perdidos no país ou para quem estiver querendo dar uma ajudinha no inglês já que a publicação é bilíngue (português/inglês), além de ter uma das capas com melhor acabamento visual e táctil – amo passar a mão nesse papel couché.

E confesso também que não é sempre que gosto dela por inteiro, mas essa edição arrasou, e sim, o fato de que meu estado foi super bem representado e comentado também ajudou bastante. Não é sempre que se encontra um texto que fala a verdade sem difamar, distorcer ou puxar o saco.


Para quem não conseguir encontrar o exemplar fora das aeronaves e não viajou na época da publicação, pode acessar o site e folhear tudo inteirinho. Bem legal, né?

PHOTOSHOOT 

Eu adoro o fato de que Daniel Aratangy foi fundo na ideia da “Rainha da Amazônia” e veio até Belém fazer essa sessão no habitat natural da cantora e trouxe bem destacado a beleza exótica do estado.


As imagens com o vestido cinza de Guilherme Rodrigues foram feitas no Museu Paraense Emilio Goeldi e se tu pensastes por acaso que essas belíssimas vitórias-régias aí atrás são só pintura, penses de novo e prestes bastante atenção a imagem abaixo.


Há, achastes que eu estava de sacanagem, né?! O interessante nessa foto é que tenho quase certeza de que Gaby Amarantos estava meio que dançando carimbó, ritmo regional bem conhecido pelo som de tambores e a dança coreografada que mais parece uma espécie de flerte entre os pares – o modo como ela segura a saia e roda é bem similar ao que se vê durante a dança.

Aproveitem e vejam que bacana essa imagem de bastidores.


Fazendo juz aos apelidos criativos de Lady Gaga-do-mato ou Lady Gaga-da-floresta, Gaby reluz no meio do mato/floresta literalmente.


Agora, diz se não impressiona o tamanho do tronco dessa árvore? E se pensas que é qualquer um que se mete no meio do mato por aqui estás muito enganado. Nós temos o espírito, mas nem sempre a coragem. Hee.


E agora seguimos de barco pelas águas barrosas da Baía do Guajará; acredite a costa da cidade é banhada por essas águas e todo dia eu as vejo, então ela meio que perde o encanto, mas à primeira vista ou com um por do sol depois da famosa chuva da tarde é a coisa mais impressionante, ever.


Ok, dependendo do local (em geral os pontos abertos para observação) o cheiro pode não ser muito agradável, mas isso é um rio, é suposto que tenha cheiro de peixe. Duhhh. E não, não estou difamando minha cidade, estou sendo sincera, não vou ficar dizendo que é uma perfeição quando não é, ou será que alguém aí pensa que as ruas de Londres são uma belezura? Uma palavra: sujeira.

Eu bem indico essa viagem de barco, só que em um maior tá. Gaby foi no menorzinho porque ela é de casa, ou melhor, nativa; se virar na água tá tudo certo, ela provavelmente viraria a Mãe D’Água para continuar com o conceito rainha-amazônica-trabalhada-na-lantejoula-e-purpurina. É exagerado, tosco, engraçado, legal, bem sacado – tudo ao mesmo tempo. Adoro!


Agora sim, uma embarcação maior. Dá até pra fazer uma dessas festas de aparelhagens. Tudo bem exótico – ao gosto da “gringalhada” como diria Fatinha.


Definitivamente Gaby parece que nasceu pronta para incorporar a personagem que é ela mesma, mas também é a jurunense, a paraense, a brasileira brega ou até mesmo a Lady Gaga-do-mato dentro de cada uma de nós que deseja alcançar seus sonhos sem ter que dar adeus as suas raízes para isso.

Ou será que é de brincadeira que ela comanda sua carreira feito uma Amazon Queen? O quê meu bem, achou que o nome do barco era só de enfeite é?


ENTREVISTA

Como estou morrendo de preguiça vou adicionar alguns scans by fangirl (sim, eu mesma) para quem estiver interessado em dar uma lida, mas estou avisando logo, porque nem todo mundo lembra ou sabe, se for usar dê os créditos e não retire as tags. E se por acaso, por motivo de força maior, me pedirem para retirar as scans eu farei, ok. Clique nas imagens para ver maior, tamanho Gaby. Hahahaha. 'Tá parei com a graça.




COMENTÁRIOS

Gaby encontrou a si mesma e foi encontrada por gente bem legal na hora certa, nem mais nem menos. A cultura do brega, tecnobrega e afins no estado do Pará sempre foi longa e vasta, mas é o tipo de manifestação que pode sim surpreender, encantar e porque não agradar, assim como pode ser rejeitado, apedrejado, mal falado.

O que acredito de fato é que Amarantos faz muito bem o que faz e traz para o estilo não só toda essa parafernália que usa, vende e promove, mas também agrega um título e um certo refinamento que revela para o Brasil algo que ele talvez não se lembre - esse estado rico e amado por seu povo, gosta sim de ser reconhecido pelo que é e por onde está, seja no Norte do país (sim, com muito orgulho) ou na única estrela que está acima de todas as outras na bandeira deste país.
 
BANCO DE DADOS

*Revista: TAM Nas Nuvens
*Edição: nº 60
*Data: dezembro, 2012
*Capa: Gaby Amarantos
*Editorial:
  • Rainha da Amazônia”;
  • Gaby Amarantos;
  • Mariana Shirai – texto;
  • Daniel Aratangy – fotos;
  • Valério Araújo, Guilherme Rodriguesstylist;
  • Manuella Hair Club make & cabelo; 
+ entrevista

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