março 11, 2013

Innocent Love: Episódio 7

Buscamos a verdade e a elevamos ao posto de qualidade essencial em quase tudo em nossas vidas, muito embora a ignoremos quando nos é conveniente. Ela pode estar à nossa frente, pode nos encarar todos os dias, e nos fazer companhia eternamente enquanto tentamos nos enganar, mas basta um deslize, uma rachadura e em um momento de fraqueza nosso pequeno mundo de faz-de-conta é destruído pelo peso do que é real. E irremediável.

RECAP EPISÓDIO 7 - 動き出す (Começando a se mover)

Como esperado não há nenhuma explicação médica para o retorno de Kiyoka. O médico, porém, alerta Junya dos possíveis danos cerebrais e motores desses 3 anos de coma.

Junya conta as novidades para Subaru pelo telefone. Ele está mais feliz do que nunca e pede que o amigo venha logo visitar a ex-comatosa e Subaru vacila um segundo perguntando se talvez ela se lembre dele. OK, o que é isso que estou vendo na expressão de Subaru?


Kiyoka mal recobrou sua consciência e já começa a implicar com Kanon não querendo comer nada que ela lhe dá e destruindo as flores que ela arranja. Para piorar ela ainda fica se sentindo deixada de lado agora que a noiva acordou e a dedicação de Junya redobrou.


Outra que também não parece muito feliz com o retorno da morta-viva é Mizuki – que mais uma vez perde perdão a Deus por seus maus pensamentos.

Kanon não aguenta a situação por muito tempo e tenta voltar para seu antigo kit net, mas descobre que o senhorio já repassou o local para outra pessoa e inclusive colocou todos os pertences da moça na rua.


De volta a pracinha-das-confissões-dramáticas Junya e Kiyoka encontram Kanon pensando no que fazer da vida. Ele parece preocupado com Kanon. Ao ver seus pertences, deduz que ela foi buscar suas coisas e tenta tomar sua mão, mas a garota se desvencilha dele dizendo que pretende procurar um novo trabalho e um lugar para ficar agora que Kiyoka acordou.

Junya não vê sentindo nisso, já que acredita piamente que a melhora de sua noiva é tudo graças a angelical presença de Kanon – o que pode até ter lógica se revermos todos os seis primeiros episódios.

Em casa, Junya tenta dar um empurrãozinho na mente de Kiyoka lhe mostrando fotografias e contando as histórias de cada uma. Kiyoka mostra interesse em uma das fotos onde ela, Junya e Subaru aparecem. Ela sorri enquanto seu dedo acaricia a imagem de Subaru e Junya comemora. E Kanon observa de lado com uma expressão intrigada.


Algum tempo depois, Kanon encontra a mesma foto com a parte onde Subaru deveria estar rasgada. E Kiyoka começa a mostrar que tem um gênio terrível, se recusando a comer até mesmo com Junya e olhando com agonia a casa como se esperasse por algo. Ou melhor, por alguém, já que na cena seguinte a vemos com o pedaço de Subaru que falta na foto rasgada, sorrindo feito uma boba.


Kanon encontra Subaru no caminho para o piano bar e fala sobre Kiyoka perguntando inclusive quando ele pretende visitá-la. Ele diz estar muito ocupado (hum... sei...) e a garota insiste, o que o faz perder a paciência e dizer que na verdade ele não está tão feliz assim que ela esteja consciente.

Para azar dele, Junya e Subaru estão no piano bar. E pela expressão dos dois têm muitaaaaa coisa aí que nenhum flashback nos mostrou ainda. Subaru parece estar sofrendo. E Kiyoka surpreende a todos esboçando seu nome e andando até ele.


A surpresa inicial de todos começa a dar espaço a uma estranheza desconfortante quando Kiyoka se agarra com força ao pescoço de Subaru enquanto ele tenta se despregar dela. Tanto que ele se vê obrigado a colocá-la de volta na cadeira de rodas sob o olhar constrangido de todos.


De volta em casa, Junya prepara Kiyoka para o banho, mas ela se recusa ser tocada por ele. Surpreso por se pegar gritando com ela, ele deixa que Kanon cuide do resto. Ao ajudá-la na troca de roupa a garota encontra o pedaço da foto com Subaru e guarda. Na mesma noite, Kiyoka sentindo falta da foto, literalmente se arrasta pela casa em busca da imagem e finalmente a encontra no bolso do avental de Kanon.


Junya a flagra no ato e Kanon ao perceber o quão mexido o patrão fica intervém usando sua velha mania de pegar fotos dizendo que foi ela mesma quem rasgou. E Junya se deixa enganar. Na manhã seguinte a ex-comatosa desaparece e deixa os dois preocupadíssimos. E aonde ela foi? Bater na porta de Subaru, claro. E está fora da minha capacidade explicar como uma muda que não pode andar conseguiu passar despercebida pelas ruas de Yokohama.


Subaru logo avisa a Junya que vai buscá-la, contudo ela se recusa a ir com ele. Para evitar maiores constrangimentos (se é que é possível) Subaru convida à todos para dormirem lá mesmo.

Juntando todos os pontos soltos, Junya cria coragem para perguntar à Subaru se Kiyoka gosta do amigo e ela apenas aceitou se casar com ele para tentar esquecê-lo. Subaru nega tudo com muita veemência – até demais para o meu gosto. E Kanon ali do lado, só de expectadora do drama.

Depois que Junya coloca Kiyoka para dormir, ele e Kanon conversam sobre seu tempo como universitário, exatamente quando conheceu a noiva. Flashback! Kiyoka era na verdade amiga de Subaru bem antes de conhecer Junya e pelo visto o músico se apaixonou à primeira vista. Em menos de um ano os dois começaram a namorar e em uma aposta idiota que envolve um Junya enamorado, uma Kiyoka desequilibrada e um Subaru atônito ela promete se casar com quem pegar a calcinha que ele simplesmente tira e atira na piscina. Advinha quem ganhou a aposta?


Eles voltam para casa no dia seguinte, mas não antes de Junya fazer Subaru prometer comparecer à comemoração que fará pela recuperação de Kiyoka. No dia marcado, Junya prepara tudo para que os dois fiquem a sós.


A cena corta e Junya explica para Kanon o que fez. Depois de encontrar – e ler – uma carta da noiva para Subaru, escondida (mas opss estrategicamente visível) no armário dos cobertores, ele descobre que os dois basicamente DORMIRAM JUNTOS um dia antes do casamento e depois de receber o adeus dele ela foi lá e tomou todos os comprimidos que acabaram causando o coma. Então, no final das contas, foi suicídio.

♫Eternally (Drama Mix) – Utada Hikaru♪

Junya acaba chorando por tudo o que aconteceu até esse exato momento. Sofrendo por si, por Subaru, mas principalmente por Kiyoka, seu grande amor, que na verdade sempre foi apaixonada por ninguém menos que o melhor amigo.

E parece que o Repórter Ikeda não se conformou/aquietou e continua suas investigações, indo falar com a antiga conselheira escolar a quem a mãe de Kanon costumava visitar. E como alguém sempre esquece que existe algo chamado ÉTICA, Ikeda consegue mais uma indicação de que Kanon foi abusada sexualmente pelo próprio pai, através dos seus registros com a conselheira. Ele também vai ao antigo terapeuta da garota, tentar confirmar sua suspeita, mas ele fica calado, muito embora sua expressão seja tudo o que Ikeda precisa como confirmação.


WOW finalmente um médico em toda a Dramaland que respeita a relação de confidencialidade entre médico e paciente. *clapclapclap*

Voltamos para Kanon tentando consolar Junya e chorando por/com ele.

Onii-chan, porque as pessoas rezam? Por mais que elas saibam que às vezes suas preces não serão ouvidas?”
OPINIÃO FINAL

Um momento é capaz de mudar sua vida inteira. Que o diga Felicity. Aqui em Innocent Love, estamos apenas descobrindo pouco a pouco que momentos decisivos foram esses, já que uma cadeia delas se forma a partir de um dos sentimentos mais exaltados do mundo; o amor.


E apesar de Uchida Yuki dar um show na cena do reencontro, e eu me entristecer pela situação de Kiyoka, não sou capaz de simpatizar. Ela parece ter gostado de Subaru desde sempre e se manteve ao lado dele pensando conquistar sua afeição com o tempo. Como não foi o suficiente, ela se aproveitou dos sentimentos de Junya para provocar uma reação em Subaru. Reação essa que não veio. Não da forma que ela esperava.

E sem chance alguma de sucesso ela apela ao coração conflitado do rapaz para que lhe dê uma única chance. Subaru cede, percebe o erro e volta atrás. E Kiyoka recorre à uma solução infantil e desequilibrada. Sinto muito Kiyoka, mas você provocou tudo isso, pague o preço agora. Isso exclui claro, a situação do coma. Essa eu continuo desejando que você não tivesse que enfrentar.


Acredito que o problema reside mesmo é na falta de coragem de Subaru. Se ele tivesse dito a Kiyoka que é homossexual, quem sabe ela não teria desistido mais facilmente? Quer dizer, eu pelo menos, não passaria o resto da minha vida tentando ‘heterosexualizar’ alguém. Mano, o cara é DESIGNER de joias – isso não grita GAY o suficiente para você? Não quis ofender ninguém, foi só... força de expressão.

Contar ao Junya, bem... isso é outra coisa, mas com o tempo quem sabe? Amores platônicos e não correspondidos e obsessivos são os da pior classe. Eles caminham na linha do perigo do que transforma algo teoricamente bom em algo ativamente ruim. Extremamente corrosivo. Será que se eu colocar um alerta de ‘perigo’, ajuda?

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