maio 14, 2013

Ficção-científica multicultural: Elysium Info

Já vai longe o tempo em que era uma enorme surpresa saber que algum ator brasileiro estaria trabalhando no cinema norte-americano. Porém, nada impede que ainda fiquemos surpresos, felizes e comecemos a contar vantagem quando acontece, ainda mais quando o projeto tem o pedigree do que vamos comentar agora, Elysium, o mais novo filme de ficção cientifica de Neill Blomkamp (Distrito 9).

No elenco além dos brasileiros Alice Braga (Na Estrada, O Ritual) e Wagner Moura (A Busca, O Homem do Futuro), temos os excelentes Matt-tem-como-ser-mais-gato-Damon (Terra Prometida, Compramos um Zoológico), Jodie Foster (Deus da Carnificina, Um Novo Despertar), William Fichtner (Fúria Sobre Rodas) e Diego Luna (Contrabando, Milk – A Voz da Igualdade) entre outros.

O filme, mais uma distopia para nossa lista, se passa no futuro, ano de 2159. Num mundo dividido por duas classes sociais, os privilegiados e endinheirados vivem na impecável estação espacial conhecida como Elysium – uma espécie de paraíso artificial – e os que sobram, se espremem pelas ruínas do Planeta Terra.

Os excluídos fazem o que podem para ter acesso à nave e poder desfrutar das regalias do lugar, mas o governo tenta de todas as formas evitar o processo migratório. Foster é a Secretária Hodes, uma funcionária do governo que faz o que pode para manter o (des) equilíbrio.


Damon é Max da Costa, um ex-presidiário adoentado que acaba por concordar em se infiltrar na estação em uma missão que poderá não só salvar sua vida, mas também por fim a injustiça dessa divisão. Para isso ele tem de recorrer a Spider, personagem de Moura, revolucionário num dia bom, traficante de pessoas num dia ruim.


A personagem de Braga é Frey, uma enfermeira e mãe solteira, amiga de infância da personagem de Damon (Max da Costa) e ao que parece faíscas rolam soltas quando os dois se reencontram anos mais tarde.

Quem também cresceu ao lado de Max nas ruínas de Los Angeles foi Julio, interpretado por Luna, parceiros na sobrevivência e no crime, tanto que o rapaz não acredita que Max tenha mesmo decidido andar na linha, ainda mais trabalhando para o inimigo: Armadyne, a companhia responsável por criar e manter Elysium.

No primeiro trailer lançado, já é possível notar que o diretor mais uma vez usa da ficção para debater temas políticos de muitas frentes.


Blomkamp, que é sul-africano, expôs o apartheid sob uma nova ótica em Distrito 9 e dessa vez resolveu contar uma história de desigualdade mais ampla, que se faz presente em qualquer esquina desse mundo. Em suas palavras: “Para o Wagner e a Alice, é o Brasil, para o Diego é o México, para o Sharlto (Copley) é a África do Sul”.

E Wagner Moura concorda e adiciona: “Na minha opinião, Elysium é principalmente sobre questões sociais. E isso é muito importante para brasileiros, mexicanos, sul-africanos. Eu realmente admiro cineastas que combinam filmes que são divertidos mas têm uma segunda dimensão. É um filme muito político. Tenho muito orgulho de participar de um filme assim”. Isso é o que chamo de uma grande estreia.









Elysium tem estreia mundial marcada para 8 de agosto.

Fonte e Imagens: MSN; UOL; Sony Picture/Elysium;

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