junho 26, 2013

Nine: Episódio 16

Ás vezes temos aquela sensação de que o corpo não aguenta mais, embora a mente continue trabalhando a mil. E outras onde o corpo ainda está alerta, mas sua mente se recusa a funcionar. O que dizer então do momento onde ambos convergem? Quando tudo parece estar perdido para sempre e sua vontade de lutar contra já não é mais a mesma, o que poderia te levar a tentar outra vez?

RECAP EPISÓDIO 16 

Sun Woo está em uma Igreja rezando a Deus de seu modo quando Young Hoon chega para informá-lo que Jung Woo faleceu. Corta para o corpo sendo levado e Min Young amparando a mãe.


Voltamos para a Igreja. Young Hoon pede que o amigo volte ao hospital e senta ali ao lado para rezar. Quando ele termina sua prece percebe que Sun Woo está indo embora e consegue alcançá-lo pouco antes de seu carro arrancar. Onde ele está indo? O hospital é perto, para que precisa do carro? - indaga o médico.

Sun Woo não quer saber de conversa e tenta fechar a porta que Young Hoon abriu. Irritado, ele confirma que vai atrás de Presidente Choi para matá-lo, mas que o amigo não precisa se preocupar, pois ele não planeja fazer isto aqui, dando a entender não neste tempo presente.


Young Hoon perde a paciência e arranca o amigo do carro para lhe dar umas tapas e talvez um pouco de sensatez. Ele grita com o outro por ter passado a noite toda na Igreja pensando em assassinato e tira dele o cilindro com o último incenso dizendo que por causa daquilo ele está fora de si. Sun Woo manda que ele devolva e Young Hoon se nega, correndo de volta para a Igreja.

Ajoelhando-se diante do altar, Young Hoon sugere que eles se livrem disso e retira o incenso do recipiente. Ele segue dizendo que o seu uso não trouxe felicidade a ninguém. O amigo desistiu de tudo o que tinha para trazer o irmão de volta e no final ele acabou se matando – teria sido melhor que Jung Woo tivesse morrido no Himalaia do seu próprio jeito.

É tudo culpa dos incensos não de Choi Jin Cheol, afirma Young Hoon levantando a vareta em direção à cruz ali à frente e diz que se isto (referindo-se ao incenso) for obra do Demônio, o Senhor os ajudará a livrá-los do Mal. Eita, isso é que uma demonstração de fé!


Ele termina seu discurso e com o timing perfeito o incenso simplesmente vira fumaça a sua frente, desaparecendo, inclusive o cilindro onde ele estava. QUE DIABOS!!!! Young Hoon faz a derp face mais autoexplicativa da história:


♫ 히말라야 – 이크거북♪

A música apocalíptica ajuda a piorar a expressão de susto dos dois que até procuram pelo objeto pelo chão, para logo depois se pegarem perguntando se Deus está mesmo interferindo. Hei show, calma lá, achei que estivéssemos falando de carma, não de destino.

No dia seguinte, enquanto o resto da família Park recebe as pessoas para o funeral, Presidente Choi e Secretário Kim confabulam sobre as informações secretas rastreadas de Sun Woo, que são na verdade os SMSs do jornalista na noite em que ele foi esfaqueado. Palavras chaves: 30 minutos, incenso, Choi.

Ele pergunta ao secretário o que é um incenso, porque ele não deve saber sobre isso? Mas como Sun Woo não respondeu à mensagem, eles não tem como saber e de qualquer forma, rastrear tudo vai levar tempo, cerca de 3 dias (hum, muitos números 3 rolando nesse dorama, não?) e Choi se exaspera que em três dias ele pode já estar morto, embora o secretário não entenda. 


Ele relembra a ameaça do jornalista e exige que Secretário Kim descubra o que “incenso” significa ainda naquele mesmo dia. Hum, ok, mais alguém aí está preocupado que no meio desses SMSs eles encontrem a declaração de amor que Sun Woo fez à Min Young não faz muito tempo? E o que eles fariam com isso? *calafrio*

De volta ao velório, Diretor Oh aparece e encontra Sun Woo sozinho, pois Min Young e Yoo Jin foram descansar. Ele diz ter ficado surpreso com a notícia e com os dois (ele e a sobrinha) se demitindo, mas Sun Woo diz que ele não precisa se preocupar com isso nem tentar se desculpar... São águas passadas. Ele até comenta sobre Choi rapidamente antes de oferecer ajuda a Sun Woo que nega prontamente. O diretor diz que ele não deveria dizer “não” assim (LOL) ao que o ex-âncora afirma que se algum dia precisar, não hesitará em procurá-lo.

Young Hoon, vestido de médico (aff, coitado, deve estar de plantão), aparece e os dois saem para conversar. O amigo pergunta se o incenso retornou e fica aliviado ao saber que não, pois agora está certo de que foi obra divina para que Sun Woo parasse de pecar. E de qualquer forma, se os incensos pertenciam à Jung Woo e ele não está mais neste mundo, nada mais certo que os incensos também não estejam. Não, sinto muito Young Hoon, isso não faz sentido.


Já Sun Woo, ateísta ou não, não acredita que tenha sido intervenção divina. As mãos de algum ser humano estão envolvidas nisso, provavelmente em algum momento lá atrás, ele perdeu os incensos. Eu voto na opção do Sun Woo, e vocês? 

Dito e certo. 1993. Alguém remexe por entre as caixas no armário de Sun Woo enquanto ele dorme. A pessoa procura e procura, até achar o saco plástico onde o cilindro está guardado, a tela divide para mostrar que isso acontecera exatamente no momento que o incenso evaporava das mãos de Young Hoon.

2013. Young Hoon se apavora e pergunta quem teria pegado. Sun Woo também não faz ideia, mas tudo indica que não tenha sido Choi, pois de outra forma ele não estaria mais neste plano, sim, estou querendo dizer, vivo. Flashback da ameaça sutil no hospital.

Sun Woo espera que alguém tenha jogado fora, ao fazer limpeza, mas Young Hoon, sempre desesperado, balança a cabeça e diz que prefere sua própria versão, foi Deus quem levou os incensos e Jung Woo, alertando-os para deixar de fantasiarem e viverem a (fria, dura e cruel) realidade.

Min Young está sozinha recepcionando as pessoas na capela mortuária. Enquanto olha para a fotografia de Jung Woo a sua frente, ela relembra a última vez que falou com ele.

♫ IOU – JK 김동욱 ♪ 

Flashback. A câmera revela que essa conversa se passa depois de Jung Woo já ter escrito a carta para o irmão – ou seja, já decidido a se matar. Ele pergunta se ela e a mãe estão se divertindo. Min Young diz que sim, mas prefere que ele esteja com elas, pois fica chato sem ele e aproveita para perguntar a que horas ele chega.

Jung Woo diz que ligará quando partir (urgh, que facada no peito). E então a agradece por tê-lo escolhido (como pai) quando ele nem sequer é qualificado para o papel. Ela é pega de surpresa pela declaração e não sabe bem o que dizer. Ele se desculpa e pede que ela e Yoo Jin fiquem bem. Ela concorda e desliga o telefone, tremendo e segurando as lágrimas, coisa que eu não faço, porque Nine não tem dó de mim quando está a fim de triturar meu pobre coração.


Sun Woo retorna à capela e encontra Min Young entre lágrimas, que ela logo tenta engolir. Ele se aproxima e sugere que ela vá descansar. De repente a jovem se vira e diz que se arrependeu, referindo-se à decisão de não usar mais os incensos, jamais tendo imaginado que isso aconteceria e pergunta se ele pode mudar isso e Sun Woo diz que não, não agora que o último incenso desapareceu. E afirma que a vida de hyung sempre fora cheia de contradições e mesmo querendo mudar isto ele não pode. Ninguém tem culpa, nem mesmo Min Young.

Seguimos para o julgamento de Choi. Começa a leitura das acusações. Corte. Estamos agora em 93, o mesmo dia, a mesma hora e chove forte (chuva de primavera). O investigador corrupto está em frente à casa de Sun Woo e é recebido pela noona ajudante que lhe entrega o cilindro. Flashback. Noona está ao telefone com ele que pergunta pelo cilindro. Ela tenta acordar Sun Woo para perguntar, mas desiste e resolve procurar sozinha – e aqui entra a parte das mãozinhas que remexia as caixas.


De volta a cena da chuva, noona pergunta para que ele precisa do objeto e ele responde que é para a investigação. E em seguida deixa votos de boa-viagem para Jung Woo depois de confirmar que ele parte para os EUA naquele dia.

Voltamos para 2013, durante o julgamento, só para ver a reação de Choi Jin Cheol no momento em que ele lembra – o que está acontecendo em 93 – o detetive visitando-o e entregando o cilindro do incenso. E ele finalmente liga os pontinhos de “incenso --> máquina do tempo”.


Choi chega a ler o recado que Sun Woo/93 deixa para Sun Woo/2013, mas não entende, e guarda o pacote em uma gaveta ali próxima. Enquanto isso em 2013, o próprio Choi tenta se lembrar de onde pôs o objeto depois disso. Em seguida o juiz anuncia a sentença de 10 anos de reclusão e Presidente Choi passa mal e desmaia – apesar de parecer mais como se ele estivesse fingindo.

Já na ambulância, Presidente Choi aproveita o momento em que fica a sós com Secretário Kim e o manda procurar pelo saco plástico da polícia onde estão os incensos.

Bum Suk telefona para Sun Woo e conta o ocorrido no julgamento. O jornalista relembra o que Choi dissera no hospital e toma uma decisão. Ele deixa a capela, e Min Young o alcança perguntando aonde vai. Ele não responde, apenas diz que logo estará de volta e segue para a saída.


Já no carro, ele liga para Bum Suk e descobre para onde estão levando Presidente Choi. Em seguida Young Hoon telefona querendo saber o que ele está aprontando para ter deixado Min Young preocupada. Sun Woo avisa que está indo atrás de Choi, pois tem quase certeza que é ele quem está com os incensos e fingiu passar mal durante o julgamento para ganhar tempo.

No hospital, o médico examina Choi e se surpreende ao vê-lo consciente. Choi ignora a cautela do doutor ao perceber que Secretário Kim tem o embrulho que ele queria e grita para que o médico saia do quarto. Em seguida é a vez de Secretário Kim, depois de entregar o objeto, sair e ficar do lado de fora evitando que qualquer um entre.

Sun Woo chega ao hospital e se manda para o quarto de Choi. No caminho recebe um novo telefonema de Young Hoon perguntando quantos incensos estão nas mãos de Choi, já que ele pegou o cilindro do passado. Seriam dois, pelas contas.

No apartamento, Choi retira um dos incensos e acende, imediatamente a vareta queima de uma vez só, deixando apenas cinzas para trás e desaparecendo logo depois. Ele se assusta, mas não desiste e acende a vareta restante, sorrindo ao ver que a outra queima normalmente.

Ele está olhando tão fixamente para a vareta que só se dá conta do que acontece quando ela desaparece de sua mão e olhando ao redor ele percebe as diferenças no ambiente inclusive um homem deitado na cama do paciente logo ali ao lado. Tudo denuncia os anos 90, mas a confirmação só vem com o calendário de parede mostrando abril de 1993.


Choi não perde tempo e telefona para o Hospital Myungse, quase não se aguentando de tanta felicidade, e pede que uma das enfermeiras procure sua mini agenda telefônica e passe o número de alguém chamado Park.

Nesse momento em 2013 Sun Woo chega até o corredor do hospital que dá para os quartos VIP e se depara com um amontoado de repórteres e policiais, e Bum Suk também. Ele tenta falar com Choi, mas é barrado.

De volta à 93 Choi telefona para Park, que se aborrece com ele dizendo que ainda não encontrou o corpo da testemunha e ele deveria parar de se preocupar, o homem provavelmente está morto. No entanto, Choi ligou para tratar de outro assunto, ou melhor, outra pessoa. Ele diz que eles precisam dar um fim em Park Sun Woo, o irmão mais novo de Park Jung Woo.

E em 2012, Sun Woo não arreda pé do hospital e fura o bloqueio policial distribuindo socos e empurrões até entrar no quarto de Choi. A tela duplica para mostrar os dois tempos ocorrendo simultaneamente. Choi está dando o endereço da escola de Sun Woo à Park e ele se admira que ele queira que mate um estudante do colegial. Enquanto o adulto Sun Woo segura a ponta do incenso interrompendo a queima do material e assim trazendo Choi de volta.


Secretário Kim, a polícia e alguns repórteres invadem o quarto, mas Sun Woo não mostra resistência já tendo guardado em seu paletó o cilindro, dizendo que apenas queria falar com Presidente Choi. A polícia o acompanha para fora do recinto em meio a uma chuva de flashes.

O ex-âncora sai correndo e em seu carro procura no diário a data daquele dia, precisando urgentemente saber o que estava fazendo. Era o dia do casamento de Jung Woo e para seu azar ele passara o dia fazendo pequenos serviços, mas sem dizer exatamente o que. No funeral Young Hoon procura pelo amigo que ainda não voltou e acaba deixando Min Young preocupada.

Ele se afasta da garota e recebe uma chamada do amigo que logo o avisa que apesar de ter recuperado o incenso, Choi usou-o por aproximadamente 5 minutos e ele não tem ideia do que ele fez. Sun Woo pergunta se Young Hoon sabe onde ele fora no dia do casamento de Jung Woo (que está acontecendo em 93 nesse dia), já que segundo o diário ele nem chegou a ver a cerimônia. Ele não consegue se lembrar de nada e Young Hoon também não. Chamem a Min Young, ela deve saber! 

1993. Sun Woo vem andando pela rua, a chuva não para. Um carro se aproxima dele e o motorista, Park, abaixando o vidro da janela pergunta se por acaso ele é Park Sun Woo e ao ouvir a resposta positiva do rapaz, sorri e sai do carro.


2013. Ainda ao telefone Young Hoon comenta que Jung Woo saberia, mas ele não tem como ajudá-los. Aff, chama logo a Min Young! Sun Woo está escutando, mas sua atenção é desviada quando uma cicatriz começa a surgir em sua mão esquerda e segue por todo o braço do jornalista.


1993. Park atacou o jovem Sun Woo que agora tem um corte enorme no braço por ter tentado bloquear o golpe que o assassino dera inicialmente. Ele vai se aproximando do rapaz com a faca em punho, enquanto o garoto apenas se distancia colocando a sombrinha aberta entre eles.


2013. Young Hoon começa a se descabelar com o silêncio de Sun Woo e chama seu nome diversas vezes pelo telefone até que finalmente o amigo encontra sua voz para dizer que acha que está prestes a morrer e não tem a menor ideia de onde isso acontecerá.

COMENTÁRIOS

Sim senhores, estamos de volta! Parece que todos conseguiram tirar uma sonequinha e voltaram ao batente com vontade de manter o bom desempenho. Eu agradeço. Nada mais fatigante do que ver gente sofrendo só porque o programa é um drama.

Aliás, o único sofrimento que fez sentido e me pegou de assalto foi mesmo o de Jung Woo. Nós sabemos que ele não é exatamente um exemplo de pessoa, mas temos que levar em consideração que todas as vidas que ele teve nesse dorama não foram nada fáceis, pois ele sempre acabava sendo corroído pela culpa, por oras de nunca ter feito o certo, por outras de não ter tentando e ainda pior, saber que seu verdadeiro pai é um FDP.

Ser Jung Woo nunca foi fácil e Jun Noh Min deu conta do recado na maioria das vezes. Sua cena ao telefone com Min Young foi de partir o coração. Além da conversa em si ter sido brilhante, principalmente na parte em que ele diz que assim que estiver de partida, ele ligará para ela avisando, só que ele já estava de partida desse mundo, e estava ligando para ela e avisando-a de certo modo. Ter JK Kim Dong Wook cantando em sua voz profunda "meu coração enterra minhas lembranças e agora eu vou me embora" foi de arrepiar. Argh, chorei tanto.


E falando em hyung e morte, afinal Nine é um drama de qual crença afinal? Durante boa parte do drama acreditei que estivéssemos vendo por uma ótica cristã – possivelmente católica – principalmente levando em consideração a quantidade de vezes que nossos personagens apareceram em Igrejas, mesmo que nosso herói não seja católico. As diversas comparações traçadas entre o incenso e o Fruto Proibido, além de possíveis intervenções divinas na vida do protagonista (o incenso) e depois a suspeita de que na verdade os incensos fossem um instrumento do Mal para fazer Sun Woo se destruir nos conduzia a pensar que OU:
  1. Sun Woo provavelmente poderia estar experimentando alguma espécie de sonho ou delírio, por causa do tumor cerebral, e lá no final descobriríamos que nada disso aconteceu e aí voltaríamos para o inicio e ele decidiria entre se tratar ou não, OU:
  2. Estaria Sun Woo experimentando uma espécie de alucinação pós-morte, tipo Caverna do Dragão, onde ele estaria já morto e no inferno, mas ainda não sabia disso, pois sua punição era exatamente viver eternamente diversas possibilidades de sua própria vida.
Sério, tenha calafrio quando penso nisso. Contudo, tenho me perguntado bastante sobre isso desde o fim do episódio 6. E cada vez mais acredito que não estamos jogando pelas cartas de Deus e sim pelos caprichos do destino e as ramificações do carma.

Pelo conceito de destino, tudo está programado a nossa frente, quando nasceremos e morreremos. Como Jung Woo e Papai Park vieram a morrer de qualquer forma, poderíamos até dizer que “estava escrito”. Mas perceba que Jung Woo levou muito mais tempo para morrer e Sun Woo que estava marcado para morrer não morreu, então acredito que sim, não estamos lidando com o destino. Ele pode até existir, mas não nesse dorama.

Já a respeito de carma, levando pela ótica budista, nada mais temos do que o efeito de ação e reação, para tudo o que você fizer haverá uma consequência em algum momento (imediata ou posterior) e em igual intensidade. Boas ações significam boas ações que retornam e o contrário também. O bem gera o bem e o mal gera o mal.

Sun Woo tem tentado fazer o bem, ainda que seus motivos possam ser considerados egoístas, ele tenta que as pessoas encontrem a felicidade, possivelmente suas boas ações resultaram na possibilidade de se antecipar a seu tumor e salvar a si mesmo. Tomara que ele continue tentando, quem sabe todo esse carma bom não resulte em final feliz?! *ansiosa*. Só não vejo como ele poderá fazer isso com apenas um incenso restante.

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