julho 09, 2013

10º Animazon no Taikai Review

Comprometida em ver tudo, e ir à todos os três dias do maior evento de cultura pop asiática, da provinciana Cidade das Mangueiras, fangirl comprou seu  ingresso antecipado, carregou a bateria da câmera e se preparou psicologicamente para fazer o que mais detesta, ficar no meio de um monte de gente que ela não conhece. Confira agora uma antissocial nata e seu nhe-nhe-nhe sobre os dias 5, 6 e 7 de julho. 

Caramba, esse negócio passou tão rápido que se eu não estivesse com a batata da perna doendo de tanto ficar acocorada, não teria acreditado. E como os dias passam feito borrão pela minha mente preguiçosa, farei um esquema diferente dessa vez. 

Ao invés de comentar dia por dia, farei por áreas de interesse do evento com prós e contras para o ocorrido em cada uma delas.

ESPAÇO FÍSICO (aka LICENÇA, POR FAVOR)

Visto que o Colégio Moderno cede o espaço para o evento (ou me deram a informação errada?) e tem boa localização (centro), acredito que sim, é um espaço ideal (*ba dum tshhh* foi sem querer, juro), embora mal aproveitado. Isolar as salas do primeiro andar é correto, mas não concordo com o local onde fica a praça de alimentação, ainda que seja mesmo a praça de alimentação do colégio.

Sinceramente, se os alunos passam pelo mesmo perrengue que muitos de nós passamos para comer nesses três dias, só lamento para eles, que passam por isso diariamente. As filas ficaram enormes e o calor insuportável, mais ainda para quem fica ali cozinhando e atendendo – não passa uma brisa sequer. Seria pedir demais que se providenciasse pelo menos um ventilador para quem nos dá de comer? Aliás, alguém poderia dizer-me onde posso encontrar aquele crepe maravilhoso?

O que mais me dói, no entanto, foi não ter um espaço para tirar fotos dos cosplayers. Ser pseudo fotografo nesses dias foi tarefa das mais hercúleas, já que não dava para ser educada e pedir que por favor não quero esse Robert na minha foto. Paciência era palavra de ordem para conseguir um ângulo legal e não ter seu pé pisoteado no processo.






LOJINHAS E VENDAS (aka HORA DE DAR TCHAU AO SEU DINHEIRO)

Na verdade, não tenho nada a reclamar das lojas, dos vendedores, dos itens ou dos preços (bom nesse último caso, eu não tenho, mas tem gente que tem). Apenas notei que foram poucas as ofertas de mangá desse ano. Não sei o que houve e sinceramente não quero saber dos detalhes, mas existe uma loja bem conhecida e frequentada nessa cidade que vende citado artigo e sua falta não passou despercebida não.

E gostei muito do crescimento de artigos coreanos, pena que as k. poppers sejam uma horda faminta que praticamente levou tudo o que tinha logo no primeiro dia.

SALAS TEMÁTICAS (aka ELO PERDIDO)

Qualquer um que administre uma sala no Animazon merece meu respeito eterno; ô trabalho meio ingrato, vou te falar.

Adorei as meninas da sala K. Drama vestidas de hanbok, dando vontade de botar num potinho. Isso é esmero e dedicação ainda que nem sempre se reconheça. E sinto tanto por não ter fotografado....

As salas podem ficar entupidas ou quase vazias, mas sempre terá alguém para meter a cabeça ali e ver o que está rolando. Alguns até irão deixar a porta aberta só porque na casa deles ela provavelmente deve ser automática, né.

Sabemos todos que cada uma delas é nicho para os fãs mais ardorosos de alguma coisa. Passar a tarde toda jogando é uma prerrogativa sua, assim como reclamar sobre não ter exatamente aquilo que você quer também, mas nada lhe dá o direito de reclamar disso na frente do organizador da sala ou mesmo dentro dela. Você deseja uma sala Harry Potter, fofo? Peça! E se não conseguir, faça uma e veja como deve dar trabalho aturar comentários desrespeitosos como esse ou então querer ir lá embaixo ver o que está rolando no palco e não poder, porque você está sozinho neste momento.

Tome o caso da sala K. Pop por exemplo. Já ouvi e muito que os organizadores não suportam a gritaria infernal que rola, assim como repetir o mesmo clipe, ou o mesmo clipe do mesmo grupo. Entendo que a maioria esmagadora de ELFs (só para dar de exemplo) se sinta ofendida quando alguém diz: “Ai Super Junior de novo?!”. Se o pedido é feito e eles não colocam, concordo que a atitude não é nada legal com quem prestigia a sala e o k. pop, afinal o intuito não é agradar a quem está lá dentro?

E é exatamente por isso que também não posso desconsiderar que se o fandom de Super Junior ou qualquer outro grupo domina a sala, melhor que se faça uma sala só deles oras! Não tenho nada contra o grupo, embora não morra de amores, mas veja o ponto, quem não gosta, detesta ou deseja ver o clipe da sua banda não vai ter a oportunidade de fazê-lo, pois a diversidade é negada.

Gente, o nome da sala é k. pop não SUJU, e nem Girl’s Generations, ou EXO ou seja-la-o-que-for. Impor seu grupo não é certo, não interessa quem ele for e quem você for. Vamos nos colocar um no lugar do outro e tentar compreender que estamos em uma comunidade que já é pequena, não adianta nada atiçar rivalidades tontas.

Eu mesma fiquei surpresa que a sala estivesse tão vazia durante o especial de DBSK (yo, cuidado, alerta de Cassiopéia aqui), pois imaginava que não conhecia outros Cassies porque não ando com k. poppers. E fiz questão de segurar língua e garganta (mesmo escorregando vez em quando) para não dar chilique durante os close-ups de Yoochun. Ninguém é obrigado a ouvir minha histeria, pois o espaço é comunitário. Certas garotas não tem noção dos decibéis que alcançam e se você não tem ideia do que estou falando segue agora um comentário que ouvi, assim que saía da sala por não ser capaz de aguentar as Exotics prestes a virar bicho vendo Wolf.

“Cara, essa sala é muito tensa”.

PALCO & ATRAÇÕES 

Que acústica medonha from hell! Tem voz de apresentador que soa como a minha gata gorda pedindo comida. Ou talvez eu tenha problemas auditivos e ainda não saiba (é algo a se investigar).

Mas, esquecendo um pouco esses problemas físicos, alguém por acaso sabe quem organiza o horário das apresentações no palco? Seja quem for, revise isso meu amigo. As atrações têm longas (loooonnngas) pausas entre uma e outra fazendo com que o publico perca o interesse e se espalhe imediatamente. Claro, é uma pausa interessante para ajudar a promover as salas, as vendinhas e etc, mas no fundo, dá tédio. 

Pausas curtas costumam dar dinamismo ao evento – dinamismo, não pressa repare bem – e evitando que as pessoas percam atrações especificas que tenham mais a ver com seus interesses. 

Por exemplo, achei muito baixo nível colocarem o final do resultado do Concurso Cosplay para depois do fim da apresentação da banda The Kira Justice. Tem gente que não curte a banda e se obrigou a ouvi-los só para saber o resultado.

Sim, a pessoa podia muito bem ter ido embora e perguntado depois para quem ficou, mas só o fato de parecer manobra do evento para encher o show da banda não é apenas desrespeito com quem não gosta dela, mas ainda mais com quem gosta. Rolou xingamento geral de quem estava nas proximidades, caso não tenha ficado claro ainda.


E ainda sobre as atrações tenho algo mais a apontar. Durante a apresentação dos dubladores, notei que não havia cadeira para o Élcio Sodré. Sei que é um detalhe pequeno, mas alguém pensou que ele talvez ficasse cansado de estar o tempo todo de pé?

Se forem atrações especiais tratem-os com a devida pompa e circunstância. E a falta de... Como devo chamar? Preparo talvez? Ok, vamos com ‘preparo’. A falta de preparo não parou por aí. Durante a sessão de autografo do mesmo dublador, ele ficou com uma mesinha improvisada no final da praça de alimentação, naquela área descoberta, local sem iluminação, justamente em um horário onde a luz natural já dizia “hasta la vista, baby”.

Tudo isso dá sinal de desorganização para um evento que tem 10 anos de existência e não é mais nenhum bebê para poder desculpar-se dizendo que ainda está começando. #ficaadica
--

Sei que parece algo que cheira a recalque e mimimi de alguém que nunca organizou, trabalhou ou sequer fez algo similar à isso, certo? Bem, não vou de modo algum defender minha opinião discorrendo sobre meu currículo profissional (o que, aliás, seria até pior).

Hoje, apenas me vi na obrigação de dizer que posso esperar ansiosamente esse evento feito uma pirralha ligada no 220v na Véspera de Natal, e ainda assim preciso ser consciente de que não há como nevar nessa cidade e minha casa não tem chaminé.

Essa comparação idiota foi apenas para dizer que não podemos confundir as coisas. O Animazon merece todo o respeito e celebração pelos 10 anos de dedicação à todos nós fãs e apreciadores de cultura pop asiática assim como nosso puxão de orelha quando isso e aquilo não dão certo.

E sim, teve muita coisa que deu certo. As apresentações de dança enchiam os olhos – grupo Yui Soran, seus lindos, um cheiro de Dior para vocês! Os k. poppers pagando tributo aos seus bias(es?) também foi empolgante – parabéns aliás, à iniciativa de fazer um concurso. Considerem-se todos vencedores, TODOS foram lindos, mas alguns brilharam mais.



Os cosplayers sempre dando o seu melhor. Shows na medida para o descontrole controlado (não pulem do palco, seus insanos!) da galera. Irmãos Castro, Élcio Sodré e Tânia Gaidarji, o bom humor de vocês é contagiante, até me esqueci da dor na batata da perna.


Estar neste evento, fazer parte deste universo é muito gratificante. E nem sequer havia parado para pensar no que isso significa, até que Salgado fez o favor de perguntar à galera quem ia ao Animazon há mais de cinco anos, e minha mão automaticamente subiu. Eu nem sequer tinha certeza disso, mas levantei a mão toda orgulhosa de mim mesma.

Ao chegar em casa, morta, suada, câmera com bateria zero, sem pôster de Nice Guy *snif* fiz meu ritual de todos os eventos, tirei minha pulseirinha e guardei dentro da minha caixinha colorida – ah sim, eu sou uma dessa esquisitas que coleciona mementos.

E lá, outra vez, a indagação de Salgado me veio a mente e procurei entre meus pertences tudo aquilo que eu sabia ser com certeza, relíquias de Animazons recentes e não tão recentes assim. E qual não foi minha surpresa ao descobrir que não somente tenho furos nessa minha coleção, mas como sim, frequento esse evento há mais de 5 anos.

Meninas da sala K.Drama, eu ganhei um pôster sim! (não era exatamente aquele que eu queria, mas pra quê reclamar né?!)

Me sinto honrada em fazer parte dessa história, mas acima de tudo espero poder ver mais e mais anos de tudo isso e com a competência esperada de quem transparece fazer o Animazon com o maior amor do mundo.

Meu desejo foi queimado ontem, mas nada me impede de desejar que o Animazon no Taikai volte ano que vem mais ninja do que nunca. Ou no nosso caso, como já diz a música:

(solta o som)
 
Posso pressentir o perigo e o caos
E ninguém agora vai me amedrontar
Com a minha mente vou a mil lugares
E a imaginação me dá forças pra voar
Sonhos desejamos alcançar
Ser alguém com o poder maior que você já tem

Liberdade é correr pelo céu
Sempre unidos vamos triunfar
E se a nossa luta é pra valer
Vou mostrar meu valor 




 Animazon 2013: EU FUI MESMO.

 Imagens: Midiaholics (não retire o logo).

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2 comentários:

  1. Desculpe, mas esta tbm será minha opinião.
    Sério. Não gostei muito desse post quando se fala de K-Pop. Poderia ter citado outro grupo quando fala da repetição abusiva de clips, Girls Generation repetiu sabe se lá quantas vezes. Detalhe, Super Junior só passou, bem dizer, no último dia e se não gostam de barulheiras, não faça uma sala k-pop, porque sim, somos barulhentas. Agora, admito que as exotics extrapolaram um pouco. E como foi dito, a sala deveria ser diversificada, não somente girlsgroup, ou só Girls Generation. Senti falta de muiitas boas bandas, as quais não foram nem citadas... Só pense nisso. A falta de diversificação da sala começou com os próprios organizadores dela!

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