agosto 25, 2013

Cruel City: Episódio 4

Existem diversos momentos em nossas vidas, aqueles que podem não dizer nada e outros que em retrospecto, alteraram nossas vidas para sempre. Pode ser a decisão entre a “menos ruim” de todas, a que parece mais óbvia ou aquela que nem percebemos que tomamos (pois as vezes, tomam por nós, ou nos forçam a tomar). O que diferencia como chamaremos esse momento é o que eles trarão para nós mais a frente e isso, infelizmente, não temos como prever.

RECAP EPISÓDIO 4 

Voltamos direto para o reencontro entre o traficante Park-sa e Detetive Lee, que pelo visto tem uma longa história juntos. E vamos para a longa história – flashback.

Nosso pequeno Shi Hyun vem sendo arrastando por um homem até um orfanato de freiras e é recebido com um colar de papel colorido da pequena Kyung Mi (a detetive). Visivelmente contrário a ficar no lugar, ele dá um jeito de fugir e convida a nova amiga para ir junto e ela se recusa. Ele se encontra com a tia Jin Sook – que pelo visto sofreu um upgrade.


O garoto retorna outras vezes para deixar presentes à amiga, que espera por eles ansiosamente ao longo dos anos, mesmo depois que eles param de vir. Felizmente, no lugar deles ela ganha uma nova chance de reencontrar Shi Hyun quando ele a defende de um grupo de adolescentes encrenqueiros. Ei espera, isso quer dizer que ele esteve tomando conta dela de longe? Awn~ um anjo da guarda, que lindo. 

Eu amo o fato de que ela está totalmente aborrecida com ele por não ter dado mais noticias, e o ignora, mas olha o tempo todo para trás esperando que ele a esteja seguindo. E ele sabe disso. Há.


Em um pojangmacha ela expõe suas frustrações em vários goles de soju e arranca risos de Shi Hyun ao receber dele um copo de cerveja e cuspir tudo fora. Ah, Kyung Mi estou começando a gostar de você. 


O presente que ele finalmente oferece é uma boa quantia em dinheiro e a moça recusa insinuando que ganha bem entretendo homens. Rindo como quem dúvida, ele conta a história de sua mãe, uma prostituta tão famosa que de tão cheia de clientes, nunca conseguiu saber quem seria o pai de seu filho (oof) e seguiu com a gravidez mesmo contra a vontade dos outros, morrendo mais tarde de uma overdose.

Kyung Mi chora ao ouvir a história triste (quem não iria?) e ouve do amigo seu desejo de se vingar do mundo – o mundo que é sua única figura de pai, e que fez com que sua mãe tivesse de viver daquele jeito. E ouvimos como Kyung Mi aprendeu as sábias palavras que disse à Hyung Min alguns episódios atrás:

“Kyung Mi-ah, o mundo é um espelho. Se você cospe e pragueja contra o mundo, ele irá cuspir e praguejar de volta contra você. Se você rir... então o mundo irá rir junto com você. Por isso, não fica toda séria e sorria.”
Ele inclusive algum tempo depois, chega a dar uma casa de presente para a amiga, decorada apenas com um desenho que ela fez quando criança. Desenho por sinal que esteve aquele tempo todo com Shi Hyun para procurar uma casa igual a do papel. Awn~ duplo.


Nessa mesma ocasião ela anuncia que decidiu se tornar policial e o amigo fica surpreso. Corta para Kyung Mi já formada na academia, toda uniformizada, cercada pelas freiras e crianças do orfanato, inclusive Soo Mi. Então, elas não irmãs biológicas, é isso? 

Ela telefona para Shi Hyun, mas não consegue falar com ele e Soo Min fica curiosa achando que é um namorado. Kyung Mi pensa um pouco, mas afirma que não é bem esse o tipo de relacionamento dos dois, o que não impede Soo Min de atentá-la perguntando se ele é bonito.


Nisso, as duas perdem a chance de vê-lo, que está logo ali observando de longe (perto do seu Sonata da Hyundai® – adoro esse carro!). Ele a congratula de longe e joga fora o telefone em suas mãos – exatamente o número para o qual Kyung Mi está telefonando. Hum, entendi. Ele está cortando os laços agora que ela é policial. Isso significa também que essa sua jaqueta de couro não é só para ficar sexy, ele já deve estar na bandidagem. 

De volta ao presente, a policial balbucia algumas palavras tentando entender o que o velho amigo faz ali. A câmera muda de posição e de repente estamos vendo através de um filtro de alvo. M*erdam*erdam*rda! O atirador – com metade do rosto coberto – confirma com seu chefe o que deve fazer, o alvo está na mira, e é Shi Hyun.


Kyung Mi pergunta, sem acreditar se ele é Park-sa-adeul e ele tenta chamá-la para conversar, mas não tem tempo, pois o atirador levanta o rifle e mudando de direção atira bem na cabeça da detetive. P*TAM*ERDA!

E ele nem consegue se aproximar do corpo da amiga com o atirador querendo acertá-lo e o reforço policial que finalmente vem entrando no local.


Sem se dar conta do que ocorreu, Hyung Min agarra a namorada pedindo insistentemente que ela acorde (ooof, não faça isso show) e acaba levando um tiro no ombro do atirador mascarado. O pior é que os policiais de elite arrastam Hyung Min para fora tentando preservá-lo e deixam o corpo da policial para trás. E Superintendente Min assiste à tudo das câmeras usadas na operação.


Soo Min está de saída do trabalho quando ganha uma carona de sua amiga (acho que ela deve ser a tal Joo Young) e seu novíssimo carro. As duas jantam e relembram os velhos tempos quando iam parar na delegacia e eram salvas por Kyung Mi-unni. É impressão minha ou essa amiga dela é a garota que Jin Sook ofereceu para o Yi-bbal? Corta para Kyung Mi sendo ensacada. Urgh.

Na manhã seguinte as duas garotas comemoram felizes a admissão de Soo Min na academia de policia. Mas logo um telefonema de Chefe Yang vem para comunicar a morte de sua unnie que ela nem parece acreditar em um primeiro momento.

Soo Min e Joo Young vão até o necrotério e Soo Min chora sobre o corpo da amiga e chora mais ainda durante o enterro. Outro que também não parece nada bem com a morte da detetive é Do Hoon – o sunbae Kim, que podemos confirmar agora, tinha uma grande paixão por ela.


Superintendente Min assiste a tudo isso de longe e tem de ouvir do Comissário Adjunto Kang, além do comentário venenoso sobre a operação, que a partir de agora ele terá que repassar tudo para ele. Superint. Min não deixa por menos e afirma que só o fará quando receber a ordem do Comissário Geral.

Hyung Min, tendo sido baleado, está no hospital nesse momento. Mas ele não quer saber de recuperação e pede a Chefe Yang que reúna a equipe. Antes disso, Yang pede para lhe contar algo e informa que Kyung Mi estava grávida e provavelmente nem soubesse disso. Urgh duas vezes.

♪나비 – HyeRim♫
Hyung Mi vai até a lapide da amada entregar o anel de noivado e pedir desculpas.


Soo Min já de volta a sua casa, recebe de encomenda um Galaxy novinho. Temos um flashback que nos conta uma vez na qual Joo Young e Soo Min arrumaram briga com uns caras porque eles as xingaram de “órfãs sem celulares”. Kyung Mi passa sermão nas duas e diz que por causa de seus pais irresponsáveis que tanto desprezam, ambas garotas e em especial Soo Min faz tudo que pode de errado (bebe, mata aula, faz arruaça, etc.). Será que ele não quer lutar por si mesma, comprar um celular com seu próprio esforço?


Soo Min se aborrece e pergunta como raios ele poderia se vingar desse mundo que tanto a despreza? E unnie divide com elas a metáfora de Shi Hyun sobre o mundo ser um espelho.

No presente, Soo Min encontra um vídeo de unnie no celular falando que esse telefone é sua recompensa por estar se comportando bem e desata a cantar “parabéns pra você”. Hoje é aniversário dela? AUGH! Mano o nome desse drama não leva “cruel” à toa. 


Park-sa também resolve visitar o túmulo da amiga, mas escolhe uma lápide qualquer para conversar assim que vê Hyung Min estacionado no de Kyung Mi.

♪The Man – Nam Hye Seong, Kim Hee Jin♫

Em pensamento, Park-sa fala a Hyun Min que por causa dele, se permitiu relaxar e deixar a amiga em suas mãos achando que iria protegê-la e fazê-la feliz, mas no final a mandou para uma missão perigosa. E diz a Kyung Mi que terá agora de lutar contra a pessoa que ela amava. Também em pensamento Hyung Min promete á amada que irá apanhar Park-sa com suas próprias mãos e matá-lo.


Na delegacia, Superint. Min observa Jin Sook pelo espelho. Seguimos com uma lembrança dele saindo de um motel e seguindo-o vem Jin Sook. Ela pergunta, muito alterada, o que ele fará por ela, se ela fizer o que ele pediu. Voltamos para os dois sentados na sala do interrogatório, ele comentando que ela não mudou nada e ela dizendo que ele envelheceu. Ele deixa a sala assim que Chefe Yang chega.


Almoçando juntos, Comissário Kang comenta sobre Park-sa com Superint. Min, que diz ter ouvido esse nome pela primeira vez, mesmo tendo trabalhando durante muito tempo nas ruas da região que o traficante agora domina. Kang avisa a Min que eles terão de enviar Jin Sook para a jurisdição da Promotoria e pergunta ao subordinado porque exatamente Procurador Ji (o pai de Hyung Mi) fez questão de pedir.

Min desconversa dizendo não saber, a mulher não parece importante. Kang tenta ser sutil e fala a Min (em uma série de metáforas) que não importa o quão delicado e desconfortável seja o assunto, eles precisam dividir as informações ou acabarão fazendo todo o trabalho duro enquanto a Promotoria fica com a glória.


Hyung Min vai até a casa de Soo Min e a entrega o selo e documentação do banco com o dinheiro de Kyung Mi dizendo que ela provavelmente teria lhe pedido isso se soubesse o que aconteceria.

♪코스모스 – Nam Hye Seong, Kim Hee Jin♫

Ele se vira para ir embora e ela dispara que apesar de saber que não é racional, ela ainda o culpa por não ter protegido unnie e por isso mesmo pede que ele atenda um pedido seu. Sabendo por Chefe Yang que Park-sa foi quem a matou, ela pede para ficar no lugar de Kyung Mi e pegá-lo.


Bêbado e fora de si, Do Hoon faz cena no meio da delegacia, culpando Hyung Mi pela morte de Lee. A confusão é interrompida pela chegada de uma fotografa. Ela almoça com Chefe Yang que explica a situação em todos os seus detalhes, mas pede segredo, afinal esse tipo de informação deveria ser confidencial, não é mesmo ajusshi fofoqueiro?! 

Jin Sook é mandada para a penitenciária e tenta passar por coitadinha para Hyung Min. Ele finge não ouvir e promete soltá-la se em troca ela disser quem é que está por detrás dela. Ironicamente ela escreve que seu “papai” é quem a protege (há, ela é ótima) e ela manda um cotoco básico. Há, que amor! 


Ele revida dizendo que agora tem certeza de que ela está protegendo Park-sa e promete pegá-lo, então ela que não espere visitas. Desdenhosa, ela afirma que ele jamais será capaz de fazer isso, pois não se aprende sobre esse mundo, apenas lendo nos livros. Wow garota, quer ser minha amiga? 

No local do crime, Detetive Shin chega com o resultado do exame de balística e mostra a Hyung Min que a arma usada é de uso policial, fabricada na Alemanha. Hyung Min contesta a ideia de que foi algum simples bandido, o tiro fora muito certeiro. Ele então faz uma varredura no local e descobre onde o atirador teria estado naquela noite. E atirando do mesmo lugar, com a mesma arma e na mesma direção – assustando o coitado do Shin – ele se pergunta por que o atirador o deixou vivo. Eu me pergunto o mesmo. 


Mais tarde ele remói as palavras de Jin Sook e o pedido de Soo Min.

Ainda de luto Soo Min volta para o trabalho na farmácia e recebe a simpatia de seu chefe (suponho eu) e uma lata de Red Bull®, como se isso fosse ajudar. Acaba que esse porco nojento batizara a bebida para se aproveitar da garota. Tem algum jeito de esse cara ser morto, tipo, agora?! Eu ficaria muito feliz (eu sei, eu sei, é errado, blá blá blá). 

Quando ele está prestes a despi-la, a garota volta a si, luta contra ele e foge. Prestes a sair, ela volta e pega dinheiro do caixa e finalmente sai, ignorando a cliente que entra.


Na delegacia, Hyung Min aparece para ajudar Soo Min e não é que com essa idiotice de pegar o dinheiro ela acabou sendo acusada de roubo qualificado, com muitas provas contundentes e provavelmente será dispensada da policia sem nem ter começado. Ele reclama pensando ter lhe dado dinheiro suficiente.

Ela explica que o valor é correspondente as horas que trabalhara até então e pegara sabendo que não receberia nada de outra forma. Adiciona que olhando as câmeras de segurança ele saberá o que ocorreu de fato. Para o azar dela, a câmera estava desligada, provavelmente pelo dono, já tendo planejado tudo.


Ela se irrita e Hyung Min diz que apesar de não querer que ela vá para a cadeia é exatamente para lá que ele vai mandá-la, pois esse é o único modo que eles têm de pegar Park-sa. Ele explica que a partir de agora ela será uma agente disfarçada e irá para a penitenciaria tentar se aproximar de Lee Jin Sook.

Ela segue a lógica, mas não gosta do fato de que mesmo sendo inocente precisará ficar como culpada para que isso aconteça. Ele explica que com o histórico de confusões dela, é até melhor. Ele segue com uma conversa de que ela pode escolher não fazer nada disso e tal, mas no fundo não dá a garota nenhuma escolha a não ser fazer o que ele quer.


Afinal, ou é ficar disfarçada por um tempo, se vingar e ter uma chance ainda que pequena de se tornar policial ou ir para a cadeia por um tempo e ser liberada depois com uma ficha criminal e sem emprego na Polícia. Sério, quem não ficaria com a primeira opção? Quero dizer, olha a pressão psicológica.

E nem estou sendo má em dizer isso, porque a própria consciência de Hyung Min vem à tona na forma da namorada morta e os dois (ele e Kyung Mi imaginária) discutem sobre ele não ter necessidade de fazer Soo Min passar por isso, se em dois tempos ele poderia libertá-la, ao que ele diz que essa é a única forma e Kyung Mi faz parecer que ele está fazendo isso porque sempre esperou que algo assim fosse acontecer com Soo Min.


Porque eu gosto cada vez mais de Detetive Lee logo agora que ela morreu? Bem provavelmente porque é ela o catalisador de toda a tensão que vem a frente. 

E tudo o que ela jogou na cara dele se confirma quando na manhã seguinte ele vai até o hospital deixar claro ao porco-cretino-ex-chefe de Soo Min, armado de evidência e tudo, que sabe muito bem que ele drogou a jovem e exige que retire as acusações contra ela. E afirma que ficará de olho nele. Eu ainda não te perdoei, fique sabendo Hyung Min.

Soo Min aceita o acordo e Superint. Min consegue a aprovação do Comissário (para torná-la agente) depois de ouvir o pedido de Hyung Min e os planos (ainda que meio vagos) onde ela entra para pegar Park-sa. Note que ele não tem a menor ideia de quem ela é.

Hyung Min explica novamente para Soo Min o que irá acontecer – viver como uma criminosa perto de Jin Sook até pegar Park-sa, depois ficha limpa, vida nova e cargo de detetive, yey. E para a penitenciaria ela segue, virando colega de cela de Jin Sook.


Eu não tinha notado (o quê? Tem muita tensão rolando e uma pessoa importante morreu, dá licença!), mas essa vem a ser a primeira cena de Soo nesse episódio. Ele está tentando entrar em contato com Park, mas ninguém tem ideia de onde ele se enfiou, nem mesmo seu segurança sisudo.

Soo reclama que os distribuidores não param de querer mais drogas e aproveita que já está puto da vida e desconta em seu segurança que abre a boca para dizer que Park não fez nada para vingar a quase-morte de Soo, dias antes. Vê? Isso é que é amizade. Quer ser meu amigo também Soo? Se for colorido melhor ainda *safadenhaaa* 


Park-sa está neste momento, vestido todo simples, pensando em sua amiga morta e olhando para o colar de papel que recebeu dela no orfanato – ou pelo menos uma réplica similar. De repente ele aponta uma arma para alguém a seu lado. A câmera segue e vemos Shi Hyun – sim, ele quando criança. Shi Hyun pergunta o que ele está fazendo e Park responde que não tem ideia.


Superint. Min recebe um telefonema. Corta para Park-sa subindo uma escada com o que potencialmente deve ser um rifle de precisão. Corta de volta para Min, agora andando por um parque de diversões no meio da noite.

♪Undercover – Nam Hye Seong, Kim Hee Jin♫

As luzes e os auto falantes são ligados assustando Min. Vem uma nova ligação e ele atende perguntando onde a pessoa está. Corta para Park-sa perguntando por que ele mandou Kyung Min para aquele lugar, porque ela, por quê? E diz tudo isso enquanto segura o rifle em direção ao policial.


PERAÊ! Para tudo. Como assim vocês se conhecem? Merda, até o Min é corrupto também? Superint. Min diz que a culpa não foi sua e pelo andar das investigações é ele, Park-sa, o principal suspeito de ter matado Det. Lee. Irado, ele atira na pasta que o policial segura e diz que pode matá-lo agora a qualquer minuto.

Min afirma que entende como ele se sente, mas que ele precisa ter em mente que se o matar agora, morre com ele o fato de que Park-sa é na verdade um policial disfarçado e terá de viver para sempre como um traficante e assassino de policiais.


♪상처 – Kim Yong Jin♫ 
Park grita desconsolado.



*OMFG* *hiperventilando*

COMENTÁRIOS

Não sei se estou mais impressionada com o fato de que Park também é policial e conhece Min ou se estou de coração partido porque mesmo sofrendo com a morte da amiga ele ainda é o principal suspeito. Woah, Cruel City não brinca em serviço. E se tínhamos alguma dúvida de que ela realmente era “cruel”, não temos mais. E falando nisso, sei que em muitos lugares o drama está listado sob o nome Heartless City – que eu por sinal, acho muito mais estiloso – no entanto, quis me manter o mais próxima possível do que o nome indica em coreano.

무정도시 é seu nome original que na tradução literal vai assim: 도시 = cidade, = ausência, = Cheong. Então seria algo como “Cidade sem Cheong”, no inglês “City without Cheong” ou ainda “City Cheong-less”. Então porque diabos; “cruel” ou então “sem coração” (no inglês, heartless)? Bem, tecnicamente falando, existe uma palavra que tem um valor muito mais próximo à expressão “sem coração” (ou heartless), por isso optei pelo segundo nome “cruel”. Isso por acaso quer dizer que 무정, ou significam “cruel”? Errr, não.

Cheong como eu já havia dito em um recap anterior, é uma palavra de difícil tradução, pois é um desses substantivos que tratam de um conceito abstrato na própria língua coreana. Tentando explicar ao máximo, cheong traduz uma sensação de empatia, intimidade, afeto, afeição e mais uma outra porrada de sentimentos similares que levam um ser humano a se aproximar do outro de uma forma meio... hum como eu diria? De uma forma afetuosa, mas não forçadamente e sim por uma simples vontade que vem de dentro da pessoa.

Pode ser visto do menor ao maior dos gestos e pode significar a menor ou a maior noção de cada um desses sentimentos dependendo do que se vê. Cheong pode, por exemplo, ser aquilo que uma pessoa possui dentro de si, ou algo que duas pessoas criam juntas, ao longo do tempo, ou apenas em um instante.

De qualquer modo, esse mucheong, ou melhor, mujeong (longa explicação, mas acredite em mim, não muda nada) indica “ausência de cheong”, “inexistência de cheong”, o que traduziria no português algo como; apatia, indiferença, que são sinônimos de: cruel. Logo, Cidade Cruel.

Desculpa dar uma de dicionário, mas achei necessário, pois adiciona mais ainda ao que a história quer nos dizer começando pelo titulo, não é mesmo?

Veja o caso de Soo Min, que finalmente passamos a conhecer melhor. Ela não só perde sua amiga e protetora de toda vida no dia do seu aniversário como ainda é quase sexualmente violentada um dia depois disso, acaba sendo acusada de roubo e ainda perde sua chance de virar policial tudo em só episódio. Se esse drama pretende me fazer ficar com mais pena de alguém aqui vai ter que começar a filmar filhotes pretos de gatinhos desnutridos em uma caixa no meio da rua num dia de chuva. Awn, fiquei triste só de imaginar.


Sei que Nam Gyuri não é exatamente o que chamaríamos de alguém com talento, mas apesar disso, dessas malditas lentes de contato e suas limitações expressivas depois da total transformação facial que fez, a mulher conseguiu convencer direito em todas as cenas que precisou. Eu particularmente fui às lágrimas quando ela se agarrou ao corpo de Kyung Mi no necrotério.

Obviamente, nada se compara a intensidade insana que Jung Kyung Ho atingiu o drama inteiro. Sério eu teria medo de ficar a um raio de seis metros da direção do olhar desse homem nas filmagens desse episódio, não suportaria tanta carga emocional. E vou te falar, só ele mesmo para conseguir sorrir lindamente num segundo e gritar desconsoladamente no outro.


O que me faz lembrar de comentar que se ele é um agente disfarçado desde o inicio, e ele está envolvido nessa merda faz mais de 8 – OITO – anos, isso significa que ele tem vivido um inferno. Quer dizer, quem quer brincar de cosplay por tanto tempo? Quem consegue?

E outra coisa, não sei se mais alguém reparou mais o atirador foi completamente preciso na hora de atravessar o cérebro da detetive, mas desperdiçou de quatro a seis balas atirando no chão próximo ao pé de Park-sa naquela cena e olha que pelo visto não havia nada comprometendo a visão do alvo. E mesmo com Hyung Min sem proteção alguma o cara vai e dá um tiro no braço.

Estou delirando ou ele errou de propósito? Porque matar só a Kyung Mi? Só para motivar todo mundo a querer comer o fígado um do outro? Se eu descobrir que não tem nada por trás disso e é apenas manobra conveniente para a história, vou me aborrecer muito com os roteiristas. Espero mais de você hein, Yoo Sung Yul.

E continuo esperando tudo de bom também da(o) figurinista, que arrasa na hora de escolher as combinações. E arrasa nos dois sentidos da palavra, mas como prefiro pensar positivo, aqui vão os tops de hoje:




Oh espera, lembra quando eu disse lá no primeiro recap: “Hum, você está me fazendo gostar de você a cada minuto que passa, você pode, por favor, não ser um traficante?”.

LALALALALALÁ-PARK-SA-É-DO-BEM-LALALALALALÁ! *dançatoscadafelicidade*. Apesar de que a essa altura eu o amaria do mesmo jeito ainda que ele fosse o pior dos piores.

 Fonte: jTBC/moojeong
 
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