setembro 19, 2013

2º Encontro K. Pop - Belém/PA

Belém – PA, 15 de setembro (2013). Tem gente que chama de “cá-pópi”. Os puritanos se irritam e consertam: “é ‘quei póp’” (k.pop). E tem gente que não liga se é “xainí” ou “xinií” (SHINee), “êxô” ou “équi-sô” (EXO) e quando o negócio tem que ter um M ou K. Se é “ése-ene-ése-dê” (SNSD) ou “dê-bê-ése-cá” ou “dí-bí-ess-quei” (DBSK) ou pior ainda “tê-vê-xis-quê” ou “tê-vê-équis-quiu” (TVXQ). Ás vezes não dá uma vontade assim, ainda que pequena, de mandar tudo à PQP? HÁ, rimou.

Apesar de todos vocês aí terem morrido de tanto rir – epa, não venham me dizer que nunca deram risos ao ouvir “xupa-chúnio” (Super Junior) – todos nós já passamos pela fase tenebrosa de chamar hangul de “esses rabiscos”, de só cantar a frase “wow, fantastic baby” porque o resto da música era indecifrável, ou de chamar o coitado do Seulong (2AM) de “sêúlonge” (o certo é “Sú-rông”).

A maioria das pessoas vai continuar chamando de “cá-pópi”, paciência, eles é quem estão perdendo. E é por isso, que é tão difícil para nós, que somos embalados por “sarangae” 24/7, temos bias, oppas, unnies, noonas, hyungs e dongs, explicar para esses pobres mortais o que verdadeiramente significa ser um k.popper. Só outro k.popper para entender porque você passou a madrugada esperando por um “tal de camí-béqui”. 

E mais uma vez, deixei de lado meus trabalhos, minhas provas, meus alunos, meus dicionários e sei lá mais o quê, que supostamente prova para o mundo que eu sou uma adulta, só para ter o prazer de me reunir com um bando de gente que pode parecer esquisita num primeiro momento, mas que tem uma alma tão linda quanto a sua, doida para perguntar: “hei, você gosta de BEAST?”. E mesmo quando a pessoa torce o nariz e diz: “não, eu gosto de 2NE1”, você ainda fica feliz.

No local marcado, encontrei os novos amigos, os rostos conhecidos - do primeiro meeting - e das salas k. pop da vida. Vi alguns, meio encabulados, meio incertos, outros gritando, falando, cantando, fazendo a Hyuna, e também os guardas que ficam nos olhando como se tivéssemos desembarcado de um disco voador.

As conversas enchiam o ar e a música também, mas não víamos a hora de começar a competição e por fim, ela veio. Dançou-se BoA, Wonder Girls, EXO, GI, 2NE1 e até WA$$UP – que apesar de banda coreana, tem gingado brasileiríssimo. Mas como sempre, quem dominou geral foram as Girls’ Generation (ou SNSD). E não à toa, quem venceu, promoveu para nós um verdadeiro “qual é o clipe?”, misturando diversas coreografias da banda. Confesso que bati cabeça.

A gatinha que dançou BoA, estava linda, mas o cabelão atrapalhou um pouco. A fofinha que dançou 2NE1 precisava se soltar um pouco mais, se joga filha, desperte a CL em você! E o cara que se arriscou no Growl do EXO, estava indo muito bem, mas precisava ir mais no ritmo da música do que se preocupar demais em acertar tudo, porque fica para nós a sensação de que ele não estava se entregando de corpo e alma para a música – nossa, isso ficou muito gay. Ah, nem preciso dizer que quem dançou Galaxy Supernova (SNSD) podia praticamente ir na SM e exigir um contrato.

E aqui vai uma dica para a organização, que tal, ao invés de dar 5 pôsteres só para o primeiro lugar, dividir um pouco mais, até mesmo porque, tivemos bastante competidores dessa vez.

Depois disso, tivemos o Quiz, que mesmo tendo funcionado melhor nessa edição, ainda é difícil de acompanhar para quem não está na brincadeira, já que quase não ouvimos. Que tal um microfone, organização? Ah, e outra, vocês realmente precisam arrumar um jeito de descobrirem quem tem o direito de responder primeiro sem usar o coitado do Kyon de cobaia, porque eu só acho que a mão dele teve ter inchado mais tarde.

Outra pequena reclamação é quanto à Rubi-Nave-do-Som. O DJ não deixava a música tocar toda! Eu lá, toda empolgada, querendo fazer aquela parte da mãozinha hiper-mega-ultra-‘boiolistica’ de Smoky Girl (MBLAQ) e a música mal chegava na parte do "club, club". 

Tem que ter playlist e ela tem que ser seguida direitinho! Afora isto, não tivemos nenhum acontecimento polêmico e todos se comportaram maravilhosamente bem – mais democrático que isso, só dando um pôster para todo mundo que foi.

Senti falta apenas da competição de rap e muito obviamente do Running Man. Quer dizer, São Pedro provavelmente deve ser um desses anti-‘cá-pópi’, só pode. Primeiro, fez aquela garoa enganosa e depois mandou o maior dilúvio e fez todo mundo se espremer naquele... naquele... gente, como se chama aquele treco mesmo? É um coreto, por acaso? Me senti praticamente numa balada. #Apoiamos


Os que quiseram ou tiveram logo que ir embora, perderam o melhor da festa – que é sempre a bagaceira que acontece no final. Rolou um flash mob inusitado de EXO, com direito à Arvore da Vida com praticamente o dobro de integrantes necessários, além de cover de SNSD onde duas pessoas eram a mesma integrante e participante entrava e saia da coreografia quando não lembrava mais como era. #rachei

Pudemos ver novamente os meninos do 5States (eram eles, não?) revivendo SHINee para nós e dança coletiva de quem apenas queria fazer parte da brincadeira pelo menos uma vez. E por isso mesmo, repito a sugestão de fazermos uma espécie de workshop para o próximo encontro. Os divos de sempre poderiam ser os monitores e nos ensinariam alguma coreografia votada pelo grupo.

Essa seria uma forma excelente de fazer com que nos uníssemos mais, pois querendo ou não, ainda temos muitas “panelinhas”, e é por causa dessas divisões que comentários maldosos e inverdades são espalhados sobre pessoas, que podem nem ter ideia de que você – sim você cujo veneno escorre da boca – existe.

Olha que as Cassiopéias choram até hoje o desmembramento do DBSK, e são obrigadas a dividir o coração entre o que restou de TVXQ e a formação do JYJ. E lá só tinham 5 pessoas, imagina nesse grupo aqui que são para mais de duzentas? Já pensou quanta intriga dá para semear se aqui no meu canto eu começar com um simples: “Fala sério, esse cara fica falando mal de como eu danço e ainda se acha”.

Eu já disse antes e repito; gatinhos e gatinhas se vocês são tão fodões quanto o G-Dragon, venham para a frente, “get your crayon” e nos provem que NÓS temos que engolir gente mau-educada como vocês dentro de um grupo que só quer se divertir. Sou capaz de pagar uma passagem para a Ruana vir aqui só para julgar se vocês tem o que é necessário para ser um GD. Se quiserem mesmo fazer parte, RESPEITEM.

UFA, saiu.

Enfim. Voltemos para as lembranças felizes. E permaneçamos com elas até o final do ano, quando nos encontraremos de novo para ver nossos amigos queridos, sejam eles k. poppers ou “queí-pópêrsss”. Aff, que me importa como se diz, eu os adoro e é isso que importa. Fighting k. povo!


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