dezembro 21, 2013

Revisando 2013 – Part. 1: do lado oriental

♫Jingle bell, jingle bell, jingle bell rock♪ #SQN. Foi mal, música errada! Mas neste momento a única canção natalina em língua asiática da qual me recordo (e que tenho a mãos) é do DBSK e eu absolutamente a detesto. Por isso vamos esquecer a trilha sonora por um segundo e comemorar, pois o ano está acabando e com isso iniciamos nossa série de postagens saudosas. E mais uma vez, eu, fangirl, inicio os trabalhos a partir das mídias do lado oriental do planeta, sabe como é, aquele lado é sempre o primeiro a dizer “feliz ano-novo!”.

Este ano, fiz uma promessa a mim mesma que daria chances idênticas a todas as produções asiáticas e não só de certo país *cofCoréiadoSulcof*. Infelizmente não tive tempo nem paciência suficiente para cumprir o prometido e por isso, todos serão classificados pela medida “merece-não-merece-meu-precioso-tempo”, que encurtaremos para MPT.

ARTISTA

Kim Woo Bin


Seja lá qual for o fenômeno astrológico ocorrendo no signo do rapaz acima, ele está trazendo bons fluidos. O ano pode ser definido para o ator em duas frentes: as atuações de bad boy e as fofocas sobre romance.

Kim estreou nos cinemas agora no final do ano em um filme que é continuação de uma das maiores bilheterias da Coréia e deu ao ator a chance de uma personagem mais madura e muito, muito mais perigosa. Friend 2 (친구 2), está indo muito bem obrigada e Kim arrasa nos ternos.

Já na TV, o rapaz teve o azar de ser escalado para um dos doramas mais inúteis desse ano, nome-imenso-não-vou-procurar-Heirs (상속자들). A série que é um desperdício de talento, buffering e dinheiro, já cortada da minha lista, mostrou o suficiente para dar certeza de que Woo Bin-sshi é uma das poucas coisas nessa história que vale a pena ser vista. Sua personagem exige a dose certa de carisma, medo e porte físico que o ator tem para dar.

Quanto às fofocas, milhares de corações foram despedaçados quando vieram à tona as fotos que expuseram seu relacionamento de dois anos com uma modelo. Fotos essas que também diminuíram a quantidade de fan service e sonhos alucinados sobre o (bro)romance (aqui, entendam como quiserem) com o também ator, amigo, e companheiro de cena no dorama School 2013 (학교 2013), Lee Jong Seok.

MPT: Mereceu tanto meu tempo que cheguei a aguentar 8 episódios de Heirs, só para ver suas expressões hipnóticas e um tanto alienígenas.

Lee Bo Young


Ah, que bonitinha. Ô, ano feliz ela teve, vou te contar!

Ainda em 2012 a atriz caiu de paraquedas no papel da personagem principal de My Daughter, Seo Young (내 딸 서영이), que teve problemas seriíssimos com os custos de produção (eles chegaram a fechar o set de filmagens, para pressionar a emissora a pagar os artistas), mas deu sorte e o drama seguiu feliz na audiência. Tão, mas tão bem, que ela se tornou a rainha dos CFs – afinal, caiu no gosto das ajummas, já era – e embolsou uma grana extra. E para não dizer que é coincidência, o outro drama que ela estrelou esse ano, I Hear Your Voice (너의 목소리가 들려), teve tanta audiência que ganhou extensão.

Eu ainda tenho reservas quanto à atuação de Lee, mas ela tem melhorado. Pelo menos é o que explica ter levado o Daesang (o prêmio principal) na última edição do Korean Drama Awards. E para fechar com chave de ouro, a atriz se casou com o namorado de longa data e também ator Ji Sung (The Great Seer, Secret) – sim, o cara na foto. Ah, o amor! *suspira*

MPT: ganhou na aposta, pois abandonei IHYV na reta final com medo de final triste e mês passado, criei coragem para terminar. E fui recompensada.

Lee Jong Seok 


Se alguém me contar que esse rapaz tem aquele vira tempo da Hermione ou que conseguiu se clonar, vou considerar uma possibilidade razoável dada à quantidade de trabalho insana que o ator tem tido.

Ele filmou School 2013dorama; nos tempos do colégio, The Face Reader (관상) – cinema, sageuk blockbuster, I Hear Your Voicedorama; romances com a noona, No Breathing (노브레싱) – cinema; competição de natação adolescente, Hot Blooded Youth (피끓는 청춘) – cinema; comédia adolescente anos 80. E fora as inúmeras sessões de fotos que nem vou me dar ao trabalho de listar – aja fôlego, hein!

Basta saber que ele tem pique e se trabalhar duro realmente recompensa, passaremos os próximos meses contando o número de prêmios que o rapaz haverá de colecionar (hei, espera, ele já não ganhou alguma no Korean Drama Awards e no Star Awards?).

MPT: Merece tanto meu tempo que vou usar meu recesso para assistir à todos os filmes dele esse ano e ainda vou começar maratona de School’13.


ARTISTA/MÚSICA

Se eu pelo menos tivesse marcado no meu alerta de calendário os dias de cada comeback, talvez eu pudesse falar mais sobre essa parte.

(Kim) JaeJoong


2013 teve foco musical para o artista, que abriu e fechou o ano lançando material inédito. Em janeiro, JaeJoong apresentou I, um EP embalado por rock e baladas, bem produzido e executado, e tão bem selecionado que teve direito a um review extenso aqui no MH.

No final de outubro, o cantor lançou seu primeiro (de toda uma vida, sério) álbum de estúdio e mais uma vez sambou na cara dos invejosos. Rock, rock, rock e mais rock. Muitos tipos, muitas vertentes e de uma fluidez sensacional. Dizer que este trabalho é magnífico não é nenhuma mentira, embora conceda que possa haver um pouco de exagero – uma vez fã, sempre fã.

WWW – o nome do álbum – encurtado de “who, when, why” podia simplesmente ser “woah, wow, WOAHHHHHWWWW” e daria no mesmo; boas surpresas do inicio ao fim. Ainda sobre o álbum, me parece que o cantor tatuou uma borboleta, que é o nome de uma das faixas desse álbum, chamada Butterfly.

MPT: O dia que ele não merecer meu precioso tempo, o mundo terá acabado. Ou algo assim.


TV

Ô ano mais-ou-menos! Comecei tentando manter minha promessa e acabei engolido cada programa... mas devido a correria do dia a dia acabei sendo mais severa do que deveria. Aqui vão os programas que conseguiram ser mais importantes que morfossintaxe alemã (ou eram menos entediantes).

Alice in Cheongdam-dong (SBS)


Comédia romântica. Essa é uma classe de dorama que devemos sempre nos aproximar com certa dose de cautela, pois muitas vezes não há muito nem de comédia ou de romance e muito menos uma história para contar. Esse felizmente não é o caso desta Alice aqui.

O drama centra nas diferenças de classes – basicamente os podres de ricos que habitam Cheongdam-dong (o bairro epítome do consumismo, materialismo e opulência sul-coreana) e aqueles que desejam adentrar esse mundo – embora vá além disso. O que essencialmente Alice se propõe tratar é a universalidade de obstáculos que atravessamos na vida pessoal e profissional com uma alta dose de realismo e uma pitada de fantasia.

As personagens femininas Se Kyung (Moon Geun Young) e Yoon Joo (So Yi Hyun) formam paralelos interessantes e firmam o primordial sobre o que já sabemos das aparências: elas enganam. Se Kyung nos é apresentada como a clássica Candy (aquela mocinha sofredora que encanta príncipes encantados, mundo afora) embora não a seja. O que vemos é uma mulher que acredita no próprio potencial, mas cansada de ser tratada com desprezo só por não se encaixar no padrão de opulência que se espera de alguém de sua área profissional – aquele tal de “mundo da moda” – ela resolve que irá entrar nesse mundo nem que seja pela porta de trás. Traduzindo: seduzindo um cara rico e dando o golpe do baú.

Outro aspecto interessante foi mostrar o depois do “felizes para sempre” através de Yoon Joo. A personagem já tinha conseguido o que queria, mas de feliz ele nada tinha, vivendo no luxo de hoje com medo da descoberta de seu passado (muito sujo e condenatório) no amanhã. Melhor ainda foi ver seu amadurecimento e a coragem de recomeçar do zero outra vez do que ser subjugada pelo o resto da vida.

Mas voltando à Se Kyung, ela porém, nunca realmente se tornou essa interesseira que pensa ser, e sofre sem necessidade por uns bons episódios dando-me vontade de arrancar os cabelos. Felizmente essa inversão de papéis provou-se necessária para que ela aceitasse enfim que nenhum dos dois extremos valia a pena, mas sim um balanço entre o sonho e a realidade.

Infelizmente, Geun Young foi sufocada pela personagem em diversos momentos, principalmente aqueles recheados de um melodrama confuso e por que não absurdo. Sua química com Park Shi Hoo também não foi das melhores, embora satisfatória. Fico triste apenas com o desperdício de talento de Kim Ji Suk, que era na verdade minha verdadeira motivação para assistir a essa série e acabou que não entendi muito bem o que ele fazia ali. Para compensar, as referências à famosa Alice de Carroll não foram desperdiçadas e funcionaram bem, pois não houve ênfase em dizer o tempo todo quem dessa história representava quem na história de referência e assim íamos adivinhando cada um à medida que a história se desenrolava.

MPT: não foi necessariamente desperdiçado, mas se eu pudesse praticar de reembolso, trocaria uns cinco episódios por metade do guarda-roupa feminino dessa história.

Can We Get Married? (jTBC)


Transmitida em um modesto canal à cabo, este drama tinha ares de comédia romântica e parecia uma opção fácil quando tinha dois protagonistas radiantes, Sung Joon e Jung So Min, e uma história simples para contar (como planejar um casamento em 20 episódios).

Para minha surpresa foram 20 episódios deliciosos! Os dois atores citados acima podiam ser os protagonistas e o casal principal, mas pudemos dividir nossa atenção entre eles e o resto do elenco maravilhoso (Lee Mi Sook, Han Groo, Kim Young Kwang, Choi Hwa Jung entre outros), ainda mais porque era como se cada um deles representasse cada fase de um relacionamento amoroso, assim como diferentes relacionamentos. Mas acima de tudo, tínhamos um retrato bem real de como nos comportamos em uma relação a dois e como ela influencia (ou não, ou não totalmente) nos outros relacionamentos que temos (a família, os amigos, etc.).

Além do realismo, o drama tinha uma direção firme e ligeira que combinava muito bem com os diálogos (ou deveria dizer bate-boca?) afiados e certeiros que por muitas vezes me davam vontade de pausar o episódio e ponderar sobre o que havia sido dito. O drama capengou na última parte (muita intromissão dos pais dá nisso), mas ainda assim, fechou seu ciclo com um final satisfatório e acima de tudo condizente com o que fez enquanto foi ao ar.

MPT: foi muito bem empregado & recompensado, por isso ganha um 9 merecido (só não vale dez porque não me apaixonei por ele). Fez-me prestar mais atenção à programação à cabo e aos atores do elenco, tanto que segui alguns durante o ano, menos Young Kwang que deu uma entrevista ridícula e machista que nem merece ter link.

Crazy Love (tvN)



Sabe quando um trailer de cinema muda toda a sua opinião sobre um filme? Sabe aquela propaganda na revista que enche os olhos, mesmo quando você sabe que é puro Photoshop? Ou a chamada de um programa que te faz pensar “hum, talvez eu devesse ver isso”? Por favor, não caiam nessa.

Com uma combinação de raro espaço vago na minha agenda, e muita preguiça, resolvi assistir à qualquer coisa que estivesse indo ao ar naquele momento e resolvi clicar no primeiro episódio de Crazy Love. Oh meu pai, eu não tinha coisa mais crazy para fazer, não?!

Então começa o episódio. A mocinha, sentada no carro ao lado do marido que promete que a partir de agora tudo será diferente, pensa sobre ter se casado com um homem que realmente a amava, mas tudo se perde (é o que diz a frase que vira fumaça e as cenas). Corta para outro casal em um carro. A mulher ameaça o homem a não tentar abandoná-la novamente. Em pensamento, o homem diz ter se casado com uma mulher que ele não amava e ter tentado amá-la sem sucesso (as cenas provam que ela é um demônio e ele fez sua parte). De repente o homem da segunda cena e a mulher da primeira se encontram e algo entre eles acontece. *éoamorrrrr*.

Na estrada, os dois carros com os dois casais se cruzam indo para lados opostos da rodovia e os dois carros param no meio da estrada (a mulher precisa gritar para que o homem a seu lado pare o carro). Os dois descem de seus respectivos veículos, se olham por um momento e correm um em direção ao outro – entrecortados pelas frases melodramáticas que viram fumaça. Em pensamento eles dizem que se amam e num elaborado corte de câmera, eles se beijam. Dá p’ra acreditar que eu fui enganada por isso?!

Foram curtos, mas arrastados, 100 episódios do mais puro makjang coreano. Eram lágrimas e mortes e dramas e lágrimas e dramas e revelações e dramas e lágrimas e... bom, lágrimas e drama resumem bem.

MPT: foi trapaceado por uma sequência de menos de cinco minutos e joguei as outras tantas horas que passei esperando por aquela mesma emoção no ralo, não só porque deixei de fazer um monte de coisas mais importantes, como eles nem passaram essa cena de novo. Merece -100 pontos.

Cruel City (jTBC)


Dramas podem ter a melhor combinação de fatores que for, e podem até ser considerados excelentes por público e critica, mas se não me fazem querer arrancar o coração para fora pelo menos uma vez, então não valem a pena. Cruel City, também conhecido como Heartless City pode não ter um coração, como anuncia seu título, mas com certeza ansiava pelo meu, pois a cada episódio eu o sentia sair pela boca de tanta emoção.

Com uma mistura (quaaseeee) perfeita de noir com maravilhosas atuações (palmas para Son Chang Min, Choi Moon Seok, Kim Yoo Min, Jung Kyung Ho, Kim Byung Ok), um roteiro bem trabalhado, personagens incríveis, direção correta e uma trilha sonora i-m-p-e-c-á-v-e-l; o drama contou a história que tinha para contar, pagou tributo ao gênero do qual se apossou e fez Jung Kyung Ho transcender no papel do policial que se infiltrara no mundo do crime para fazer justiça e andava na fina linha que separa o bem do mal.

O que faz desse drama um grande campeão é saber que tem falhas, que o mundo tem falhas, que falhamos e que sem elas não somos nada. Ser imperfeito não é exatamente uma escolha, é um fato, mas lutar pela perfeição, ou melhor, pelo balanço entre as duas coisas, é sim uma questão pessoal e intransferível – vide os personagens Safari (Moo Sung), Superintendente Min (Chang Min) e Jin Sook-noona (Yoo Min).

O drama deixa claro que luz e trevas devem conviver um ao lado do outro, pois sozinhos não haveriam de existir e não teríamos como saber o que eles são e para que servem. Não à toa entendemos a luz e a esperança como forças similares e as buscamos quando a escuridão deseja nos engolir. E por isso mesmo, assistimos a um embate interno dos personagens entre ser constantemente engolfado pela escuridão, mas sempre com os olhos voltados para as nesgas de luz que cruzavam seus caminhos. E obviamente tudo isso tocou meu coração.

MPT: nunca antes fora tão bem usado. Metade desse drama foi visto em uma maratona que durou uma noite de domingo e todas as horas disponíveis da biblioteca na manhã seguinte e eu mal podia pensar em outra coisa que não fosse essa história. Merece um 10 com louvor, muita admiração, lágrimas, sangue e algumas facadas em homenagem à tanta imagem borrada. Pode não levar meu troféu de melhor do ano, mas ganha minha admiração e o prêmio de “ator-mais-fodástico-evahhhh”. Kyung Ho-sshi, você é o cara!

P.S.: E aproveito para informar que apesar de parecer, não abandonei os recaps desse drama. Em 2014 os textos serão retomados, portanto, não me esculachem, por favor, essa parte do prometido irei cumprir.

I Hear Your Voice (SBS)


Aproximei-me deste dorama por pura curiosidade já que não tinha qualquer outro motivo em especial para aguardá-lo, o que acabou por torná-lo uma boa surpresa.

Com cores bonitas, um roteiro interessante, um vilão FDP, uma heroína imperfeita e hilária, uma antagonista tão hilária e cretina quanto e um romance com um rapaz mais novo que é muito mais esperto do que nossa heroína; a mistura certa dos ingredientes certos havia sido feita.

IHYV também tem minha boa opinião por ser uma história que mesmo usando os mesmos artifícios que normalmente aparecem em outras produções para justificar porque personagens são maus ou tornam-se maus, como se isto apenas bastasse, entram nessa história e nos dizem existir muitas outras razões para que não nos deixemos corromper pelas infelicidades da vida. Ou seja, é uma história que mesmo tendo um arco com uma dose bem grande de dor e sofrimento, é positiva e enxerga a vida como um grande leque de opções e não uma condenação sumária.

O dorama, porém, peca em não nos explicar o elemento sobrenatural que o compõe e que lhe dá titulo – nosso herói ouve os pensamentos das pessoas aos olhá-las diretamente nos olhos – e trazer os elementos do Direito de um jeito didático e muito certinho para encaixar nas necessidades do roteiro. São detalhes pequenos, mas que contam.

MPT: Foi recompensado, mas em partes. Como o drama ganhou extensão fiquei com medo de acabar com um finalzinho triste e sofrendo por antecipação, abandonei a história aos 45 do segundo tempo, mas tive tanta curiosidade que voltei e percebi que não deveria ter duvidado; o bem prevalece!

I Miss You (MBC)


Acho que qualquer um sabe a essa altura o quanto eu me esforcei para relevar todos os excessos que este dorama cometeu do inicio ao fim. Lembro-me distintamente de tê-lo defendido com unhas e dentes logo que começou. Houve, obviamente, uma falta de leveza & tato de roteiro e direção na hora de iniciar a história em um ritmo que ia à mais de cem por hora e despencava o drama sem necessidade.

À medida que o tempo passou, deixamos para trás os protagonistas adolescentes e os encontramos adultos, e bem pouco desse costume de “pesar a mão” foi perdido. É mais possível que o contrário tenha ocorrido e o draaammmaaaaa tenha vindo com força total.

IMY tinha como missão maior emocionar seu público, mas focou demais em conseguir as lágrimas como prova de seu sucesso ao invés de tocar nossos corações e nos fazer torcer pelos protagonistas e odiar os bandidos. Tudo tinha tanta força, que sentia-me sendo acertada pelos acontecimentos e não de um jeito feliz.

Amei os protagonistas logo no inicio e sai dessa história odiando à todos em diversos momentos. Até agora, ainda não sei como me sinto a respeito do que vi, posso apenas afirmar que não me deixou com uma boa impressão. Pelo menos como ponto positivo, sabemos que tanto Yoochun quanto Yoon Eun Hye puderam provar que tem fôlego para aguentar papeis dramáticos. Muito embora eu deseje que nenhum dos dois tenha que passar por qualquer outro dorama igual a este.

MPT: ah, o que dizer? Acho que “eu podia ter ido dormir sem essa”, cabe muito bem.

Mandate of Heaven (KBS)


De todos os dramas desse ano, MoH foi o que mais mexeu com minhas expectativas e vontade de assistir e foi exatamente aquele que mais sofreu com minha falta de tempo. Cansei de dormir em frente à minha tela, tentando acompanhar a história de um jovem médico da realeza coreana na era Joseon que é acusado injustamente pela morte do melhor amigo e de tramar contra o futuro rei (seu amigo de infância) – ele acaba fugindo para tentar limpar seu nome e assim voltar são e salvo para poder cuidar de sua filhota, a precoce Rang, que sofre de uma perigosa doença.

No final das contas tive de abandoná-lo, mas meu amor por Lee Dong Wook (o meu primeiro oppa, ever), o fascínio pelas cores bonitas e principalmente pela base dessa história – o amor incondicional entre pai e filha – prevaleceu e voltei para um dos melhores dramas do ano, na minha humilde opinião.

Confesso que não o amo tanto quanto queria. É uma história bem equilibrada com as doses certas de ação, drama, romance, humor e fatos históricos, sem jamais deixar que a História acorrente demais o entretenimento.

O elenco e a produção são competentes e escorregam em poucos pontos. Im Seul-ong provou ser mais do que um idol brincando de ser ator e trouxe as emoções certas para seu príncipe sedento de afeto ao passo que Lee e suas derp faces estão merecendo uma entrada particular na minha seção do glossário, muito embora seja salvo pela emoção captada da relação filial.

MPT: perdeu a oportunidade de apreciar essa série na época que ia ao ar e talvez pudesse até ter levado meu coração e o prêmio de primeiro lugar, mas pelo menos prova ser um drama sólido e fez as minhas noites de dezembro menos desgastantes.

Master’s Sun (SBS)


Tenho uma paixão pelas Irmãs Hong mais do que inegável. Meu primeiro dorama-vício, meu primeiro oppa, minha primeira trilha sonora favorita, etc, todos vieram de dramas que as duas criaram. Mas depois do fiasco de BIG no ano passado, confesso que tive minhas dúvidas sobre assisti-lo ou não.

No fim, fui vencida pelo charme inigualável da atuação de Gong Hyo Jin – que não é de hoje, veste a camisa das personagens que incorpora. Obviamente So Ji Sub não fica atrás. O ator trouxe à tona uma veia cômica que eu não tinha ideia que ele possuísse dado o volume de trabalhos no qual o ator aparece feito um grande Apolo (belo e estoico). A parceria com Gong parece simples e convence fácil – nada mais conveniente do que skinship gratuita (que na verdade é fundamental para os argumentos do roteiro) em todos os episódios.

Uma comédia romântica que é as duas coisas nos momentos certos e equilibra as metáforas típicas das Hong e adiciona o suficiente de drama colateral (aliás, até ultrapassa um pouco). A trilha não-instrumental pode ter sido excessiva em alguns momentos, mas não causou grandes estragos (coisa que HeirsLove is the momennnnntttt~ – não pode dizer).

A inversão dos estereótipos também revigorou MS. Um chaebol que na verdade odeia o primeiro amor e uma heroína que parece uma Candy, mas não é? Merece ser visto! Enfim, vamos resumir; o drama acertou nos protagonistas, na química, nas referências visuais e obviamente no skinship. Mas, sinto informar, ainda não é nem de longe às Hongs que eu conheci um dia e me apaixonei.

MPT: foi bem empregado. O drama me deixou com uma boa impressão e provavelmente será uma dessas séries que indicarei para todo mundo que curte uma boa televisão.

Nine: Nine Times Time Travel (tvN)


Eu gostaria de poder escrever sobre Nine sem soar como uma fã. Não posso, sinto-lhes informar. Simplesmente não há adjetivos positivos que eu não queira usar para descrever o quão bem escrito, executado e altamente viciante este drama conseguiu ser. E fez exatamente o que eu gostaria que tivesse acontecido com Cruel City.

Ambas as histórias colocavam nosso herói questionando a si mesmo e suportando toda a dor e as consequências possíveis em nome das pessoas que lhes eram mais queridas, mas enquanto CC me alcançou num nível intelectual e mexia com minhas emoções com os olhares gélidos da maravilhosa interpretação de Kyung Ho-sshi e a amizade entre o herói e seu braço-direito, Nine arrancara meu coração do peito e o cutucara constantemente. Não havia arco, personagem, fala, música, enfim, coisa alguma que não parecesse relevante na história.

Mais interessante ainda é lembrar que o drama se promoveu como um drama romântico sobre viagem no tempo, mas na verdade, o âmago era mesmo a viagem no tempo – dá para imaginar a quantidade de questionamentos éticos e físicos que brotam? Os desdobramentos temporais eram extremos e em momento algum duvidei dos elementos sobrenaturais ou das regras, pois elas eram respeitadas pela própria história e traziam dimensão ao passado, presente e futuro. Completamente una e plausível, mesmo sendo fantasia pura.

Sofri com o casal central e até me encantei com os atores Lee Jin Wook e Jo Yoon Hee que até então, haviam passado pela minha vida na Dramaland sem deixar qualquer marca significativa. O resto do elenco também se mostrou firme e adorável com exceção apenas para nosso vilão canastrão. Jung Dong Hwan é um ator que pode fazer tão mais do que simplesmente derp faces e ainda não entendo porque ele saiu tanto do contexto, quando todo o resto funcionou tão bem. E talvez por isso mesmo eu saiba que este drama se tornou meu número 1: mesmo com as poucas falhas, jamais deixou de ser especial.

MPT: foi mais do que muito bem gasto. Esse foi o exemplo de dorama perfeição e atinge com louvor o primeiro lugar de 2013. Á César o que é de César (no caso o que é de Sun Woo).

Scandal: a Shocking and Wrongful Incident (MBC)


Dramas do final de semana não são exatamente feitos para mim. Além de irem ao ar nos dois únicos dias que tenho para descansar da minha rotina pesada, reza o costume que reina makjang em contextos familiares nos dramas de FDS. Então eu só poderia esperar pelo pior, certo? Errr... acho que não.

Mesmo sendo makjang, Scandal o foi com muito gosto. Tivemos os atentados de morte, as lutas de poder, os romances problemáticos, os relacionamentos nocivos, etc, etc. E eles funcionavam como mini-arcos que moveram a história até o ápice da tensão central: um policial que descobre depois de adulto que o homem que ele conhece como seu pai é na verdade seu sequestrador.

O drama começou extremamente bem com as atuações seguras do elenco mais velho, em especial Jo Jae Hyun, que mesmo tendo sequestrado o filho alheio o amou como se fosse o seu próprio e no final das contas foi o que o redimiu de sua falha. A relação entre pai e filho sustentaram todas as falhas terríveis dessa história (e aqui estou contando até o cabelo camaleão de Park Sang Min que por vezes podia me arrancar risadas nas cenas mais impróprias) eclipsando inclusive o romance entre Kim Jae Won e Jo Yoon Hee, embora eu acredite que o romance nem fosse mesmo parte crucial da história.

É bem verdade que muito de Scandal passou voando pelos meus olhos já que perdia a paciência muito facilmente com os intermináveis embates pela posse/destruição da tal TaeHa Constructions, mas jamais perdi a fé de que o mais importante – a relação filial – seria retratado da forma que deve.

Boa parte do carinho com que guardo essa interação entre pai e filho se deve ao fato de que eu mesma tenha uma relação muito especial com meu próprio pai e sempre que vejo alguma produção focar no papel do Pai, o meu me vem a mente e me pego pensando se verei uma história que finalmente mostra que não é somente a Mãe que pode amar incondicionalmente. E nesse quesito o drama fez o dever de casa direitinho.

MPT: parece ter encarado esse drama como “é perdendo que se ganha”. Perdi meus dias preciosos, mas ganhei um dos relacionamentos mais belo entre pai e filho que a TV já criou. Leva meu troféu de “Melhor Romance do Ano” e não reclamem, porque amor entre esses dois é o que não falta.

That Winter, the Wind Blows (SBS)


Este drama foi realmente uma experiência interessante o que não significa que o drama em si o seja, já que That Winter é quase uma receita de bolo perfeito.

A história é uma nova versão para um antigo drama japonês.
A direção e o roteiro tem pedigree (Kim Kyu Tae).
O elenco estelar trouxe de volta à TV dois nomes populares: Song Hye Gyo e Jo In Sung.

Mas então, o que será que faltou? Não saberia dizer exatamente, embora tenha uma leve impressão de que That Winter tentou ser bonito (com aquela paleta de cores diáfanas tão belas que até pôneis e unicórnios poderiam surgir e eu não acharia estranho), ser dramático (a parte do “sou um patife que tem tanto medo de morrer que vou me passar pelo irmão de uma pobre cega milionária para arrancar o dinheiro dela e me salvar”) e ser romântico (aqui entra o “acho que gosto de você, embora você seja meu irmão”) de um jeito muito bem pensado.

Tudo se encaixava bem, e ainda assim eu não conseguia me deixar levar pelas emoções mais do que por alguns meros segundos, terminando o episódio sem me sentir encantada ou aborrecida (normalmente meu termômetro para um drama bom e um drama ruim) apenas satisfeita.

Não é um pouco triste quando você tem desejo de algo doce e come um bolo lindo e que tem um cheiro bom e até o gosto é do seu agrado, mas ele não te satisfaz por completo? Dá até vontade de contar as pessoas sobre ele, mas você nunca tem certeza se vale a pena, pois pelo visto é preciso de muita gula para engoli-lo.

MPT: não sabe bem se ganhou ou se perdeu. Só sabe que bem... não sabe de nada mesmo.
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Depois desse 2013 corrido, cansativo e cheio de coisas para a qual não tive ou tempo (SHINee, cinema e shows) ou paciência (Heirs e os diversos comebacks coreanos) ou ambos (j. doramas, eventos e Mirae’s Choice) só espero que 2014 chegue logo e que com ele venham dias que durem mais de 24 horas e noites que eu possa dormir pelo menos seis horas ininterruptas.

Fiquem com o meu muito obrigado por nos visitarem e desejos de um Natal bem legal e cheio de “Jingle bell, jingle bell” ou qualquer outra canção que te faça feliz e sonolento, quer dizer, pelo menos é assim que eu resumo o dia 24.

Espero encontrar à todos no ano que vem ou pelo menos nos próximos posts que celebrarão (ou não) esse tal de 2013 que ninguém aguenta mais. Fui!


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