abril 11, 2014

Perfil: SHINee - Part. 2

Depois de dois anos de trabalho árduo, o SHINee tornou-se tudo o que seu selo, a S.M. Entertainment, sonhou ou poderia ter sonhado que ele se tornaria e ganhou seu lugar ao sol como um dos principais nomes do mercado pop sul-coreano. Mas o grupo, sempre um passo a frente por causa de seu conceito contemporâneo, estava pronto para alçar voos mais altos e ir mais longe. Resta saber se todos os integrantes estavam prontos para isso.

No final do ano de 2010 o grupo anunciou que no ano seguinte estaria estreando no Japão. Por causa disso, 2011 inteiro foi dedicado ao mercado japonês em uma sequência massiva de propaganda, lançamento de material e shows.

Em junho ocorreu o lançamento do primeiro single Replay -君は僕のeverything- causando um retorno ao visual multicolorido do inicio da carreira, só que não tão coordenadamente como antes, até mesmo porque, os rapazes já estavam mais crescidos. Dois meses depois foi a vez do single JULIETTE. E em outubro, por fim, o single LUCIFER.



Todos os três lançamentos tiveram mais de uma capa diferente (ou seja, edição regular e limitada) e contavam com versões em língua japonesa de seus sucessos sul-coreanos como 누난 너무 예뻐 -Replay-, Hello, JULIETTE, LUCIFER e Love Like Oxygen.

Boa parte das versões se mantém fiel ao estilo e espírito de cada álbum, com pequenas modificações relacionadas à letra e outras a maturidade vocal de alguns. Contudo, isso não quer dizer que eu apoie as mudanças feitas em Replay, pois TaeMin ainda tinha muito que aprender.

Infelizmente o mesmo não ocorre com Lucifer, que sofre mortalmente com a mudança sonora de língua. Concedo que parte de mim, principalmente a parte de mim que ensina línguas estrangeiras, sente muito mais essas mudanças pois sou extremamente enjoada com fonética e perfeccionista por natureza, e não consigo não sentir que a canção perde muito da fluidez enérgica e sonoridade bagunçada da versão coreana – repare que alguns sons estão bem mais claros, “mais limpos” na versão japonesa.

Por outro lado, a primeira canção original em japonês que eles cantam, Kiss Kiss Kiss, o lado B de JULIETTE, é agradável. E por mais engraçado que seja, parece reter um pouco do que ouvimos do single coreano ROMEO.

E se as canções não foram completamente horríveis, não posso dizer o mesmo dos videoclipes. A versão de Replay é forçada e você pode ir aqui e ler tudo o que eu tinha para falar sobre isso. Juliette é horrível em todos os sentidos, principalmente depois de perceber que eles estavam crescidos demais para usarem calça skinny Pink.

Felizmente, e agora sim virão palavras de pura alegria, o final desse mesmo ano vê o grupo lançar o primeiro álbum japonês, apropriadamente chamado de THE FIRST, contendo as faixas que comentei brevemente acima e mais seis novas faixas.


O álbum como um todo, tendo sido produzido no Japão, beneficiou-se das mãos milimetricamente perfeccionistas de seus engenheiros e adicionaram mais dimensão e clareza ás vozes do grupo, que desde o ano passado vinham passando por melhora significativa.

Gosto de como o som do grupo ainda tem todos os elementos da carreira coreana com certo polimento à moda japonesa. Nada foi realmente modificado do que conhecemos do grupo, embora fosse notável como eles estavam mais equilibrados e uniformes do que no inicio. O que significa que de alguma forma o grupo finalmente atingira sincronia e estava pronto para recomeçar o ciclo de expansão para um novo estilo, ou então para sair da zona de conforto (exemplo: Onew poderia fazer os agudos, ele é bom nisso. JongHyun não é o único que precisa se esgoelar).

Indico as faixas Better, To Your Heart, Always Love e Seesaw. Better é provavelmente minha preferida, pois lembra bastante a era TVXQ no Japão, e o som do piano ao fundo é inesquecível. Nem mesmo o fato de não saber falar nada em japonês me impede de querer cantar junto.


Mas não vou mentir; a carreira no Japão não foi tão bem como poderíamos esperar. Felizmente o inicio ridículo de poucas vendas deu lugar às primeiras posições nos charts da Oricon e eles de alguma forma sustentaram bem os shows, sabe Deus como.

Aliás, eu sei como. Do final de 2009 até o fim de 2010, a banda veio caindo – estilo queda livre – nas suas performances ao vivo. É verdade que não se pode culpar uma pessoa por ter modulações de voz quando ela está no meio da puberdade, mas podemos culpá-la por estar se aproveitando disso para não fazer nada. Se era esse o problema com o SHINee daquela época, não tenho ideia, porém não há quem possa defender Key de ter se tornado o maior problema.

O rapaz deixou de ser bom e aterrissou rápido na terra da “apresentação-é-tudo”. Eu ainda acredito que não há nada de errado com um artista que baseia sua carreira na imagem, só espero que ele não faça isso eternamente, pois no final das contas, ele está fazendo música. E neste caso, se ele foi contratado para ser um cantor, por favor, Key, seja um cantor. Nem mesmo o pobre JongHyun que todos sabem é um amante da música 100% do tempo (ok, não vou nem perder tempo falando do breve namorico que ele teve com a atriz Shin Se Kyung) fugiu da maldição que se apoderou dos rapazes, quando ele não conseguia atingir suas malditas notas.

Talvez exaustão seja a maior culpada (oh, certo, então isso significa que quem manipula a agenda deles é o culpado, ou seja, a SM) já que os rapazes viviam sendo arrastados de um lado para o outro entre países, programas de auditórios e ensaios.

Com toda a atenção voltada para o Japão e a falta de conhecimento de língua, os rapazes não perderam tempo com visitas sociais e parecem ter tido tempo para finalmente treinar. Suas apresentações ao vivo na terra do sol nascente foram consideravelmente melhores do que as coreanas e deram esperança de que talvez, algumas horas a mais de sono e um novo CD fariam maravilhas ao grupo, que já vinha perdendo o brilho de outrora, ainda que mantivessem o profissionalismo robótico pelo qual também são conhecidos.

Demorou, mas finalmente a banda fechou seu ciclo japonês e avisou a todos que estaria de volta à Coréia em 2012 com um novo EP. À época eu não poderia estar mais ansiosa pelo retorno dos rapazes e estava pronta para estragar minhas cordas vocais berrando à plenos pulmões. SM, sua sanguessuga, você destruiu minha linda bolha de sabão.

*Que fique bem claro, eu não tirei essas fotos, nem as estou promovendo. Por favor, Polícia não me prenda.






Sério, alguém poderia entrar agora e olhar o que eu estou fazendo e minha vida estaria arruinada para sempre. Eu seria marcada como a esquisita que fica olhando fotos de crianças asiáticas magrelas semi-nuas na internet. Nenhuma mãe deixar-me-ia chegar perto dos filhos delas outra vez. *tranca a porta*.



Eu não entendo as poses provocativas, nem o estilo, nem a falta de camisa. Eu simplesmente não entendo o que as pessoas tinham em mente quando criaram esse conceito e acho até que nem quero saber o que significa, pois qualquer desculpa esfarrapada não poderia salvar-me da impressão de que SM finalmente perdeu a noção da realidade.

Se eles por acaso pensavam em dar um ar “maduro” aos rapazes sem deixar de lado o apelo às noonas, então preciso dizer que esta noona aqui não está feliz. Eu estou mais preocupada que essas crianças estejam passando fome ou algo assim, sem falar na urgência que tenho de querer cobri-los com alguma coisa.

Algumas pessoas podem achar que é sexy ou pornô-gay (yaoi?) ou evocativamente francês. Não importa quais palavras sejam usadas para conceituar, isso é exploração nua e crua (LITERALMENTE) e o fato de que muitas fãs defendem a “natureza artística” das imagens deixa-me ainda mais perplexa. Só porque você deseja proteger a integridade dos seus artistas dizendo que é válido, não significa que seja certo.

Quero dizer, não há nada de errado com as fotos COM ROUPA. A do TaeMin inclusive é belíssima, ainda que ele pareça mais feminino do que eu poderia parecer num dia bom, então, por que eles não tiveram o bom senso de promover só essas imagens?


Não vejo nada de errado nessas (com exceção do cabelo do Onew). Gosto da sensação de velhos festivais de rock, grupos mambembes, feiras ciganas, ou seja lá o que for que eles estivessem tentando replicar. Sherlock poderia ter sido perfeito aos meus olhos. Ainda que ele também não tenha se saindo muito melhor aos meus ouvidos.

Musicalmente falando, o nome Sherlock finalmente faz algum sentido e demonstra influência inglesa. E visualmente falando, muito do que se vê no álbum pode ser encontrado em cenas musicais mais velhas do que a idade desses rapazes (combinadas ou não), e que finalmente se conectam ao ar dessas últimas três imagens.

De modo geral é um bom exemplo de EP acessível; bem feito, vocalmente superior aos antigos trabalhos da banda e muito mais coeso.


Pegue as três baladas do trabalho, por exemplo. 늘 그자리에 (Honesty) é deliciosa, embora simples. Não é o tipo de coisa que se costuma encontrar no cenário k.pop e mostra que o grupo está experimentando e tentando fazer algo diferente de verdade, e não só querendo ser diferente. The Reason também trabalha com uma combinação de instrumentos que não é nada comum para o cenário no qual eles se encontram, mas vale por cada segundo do solo de guitarra dessa power ballad e pela nota alta que Onew alcança. Claramente, a preferida.

알람시계 (Alarm Clock) fez-me lembrar do porque adoro os primeiros anos de SHINee: eles dominam faixas de R&B de tal forma que as canções falam por si mesmas e exploram no som tudo e mais um pouco do que a letra está dizendo.

Essas faixas mostram bem que os rapazes finalmente colocaram os pés no chão, que é música o que eles estão fazendo e as influências musicais tornam o álbum interessante e surpreendente, já que não era bem isso pelo que eu esperava. 

O problema todo fica, como sempre, na faixa-título, a bendita Sherlock.셜록 (Clue+Note). Descrita como um híbrido, ela é composta de uma mistura das duas faixas seguintes Clue e Note que são até um problema maior. Até hoje ainda tenho dificuldade ouvindo essas músicas porque sempre me pergunto “essa faixa ainda não acabou”? E quando vou olhar é normalmente Clue ou Note tocando. Elas deveriam ser diferentes uma da outra e juntas deveriam formar algo ainda mais diferente delas, criando uma nova música, única e natural. Isso não acontece. Ambas as faixas são incompletas, sem um pingo de unidade, ou pior, como partes cortadas da primeira faixa.

Não me entendam mal, Sherlock é uma faixa grudenta e dançante, exatamente como manda a cartilha do k.pop, e no fundo é a cara da banda – inclusive na forma como lembra alguma coisa do período de Romeo. Mas falha nos outros aspectos. No álbum, fica cansativa de ouvir por causa da semelhança com as duas faixas seguintes – melhor teria sido deixar só a própria Sherlock.

E como música pop, falha em não ser tão significativa quanto Replay e/ou tão chiclete quanto Ring Ding Dong. É uma canção que não tem um refrão gostoso e nem uma letra fácil de gravar, ou que seja fácil de cantar – já reparou na quantidade de notas altas?!

O azar de Sherlock é ter vindo depois e não ter a habilidade de causar o mesmo impacto, ainda que isolada seja uma faixa interessante com a influência do dubstep dos anos 90 (reparem no baixo). E o outro azar desse álbum foi ter sido lançado um mês antes de o grupo voltar para as suas atividades no Japão, o que resulta em uma quase inexistente promoção na Coréia. E mal temos tempo de assimilar tudo isso quando o grupo lança a versão japonesa da mesma faixa.


E mais uma vez o grupo prova que seu material do mercado japonês funciona melhor quando o trabalho é original e não uma versão de algum sucesso coreano. Keeping Love Again, Run With Me e 1000年、ずっとそばにいて… são bons exemplos.

Mas e quanto ao resto? Bom, os videoclipes costumam ser como as músicas – remakes – e dificilmente adicionam alguma coisa e o mesmo pode ser dito do material promocional ou dos conceitos usados.

E para provar o contrário o grupo lança 1000年、ずっとそばにいて… em um momento chave de virada, mostrando que eles podem fazer diferente também no Japão e respeitando seu público. O single promocional do citado EP possuiu o mesmo nome e traz SHINee pela primeira deixando de lado seu som elétrico e viciante.

A canção, que é uma balada, confirma mais uma vez a grande habilidade vocal do grupo principalmente de seus três integrantes musicalmente mais fortes (Onew, Key e JongHyun). O videoclipe acompanha o clima, centrado unicamente na história que tem para contar e aborda o tema da morte através de um olhar bem japonês – sobre como temos uma missão em vida e que nossa alma não pode sossegar enquanto tiver deixado para trás assuntos inacabados.

A maturidade do tema também revela uma preocupação com o público japonês e deixa claro que o grupo fez o dever de casa quando aceitou o desafio de tentar encontrar seu espaço no segundo maior mercado musical do mundo.

O final de 2012 é reservado à promoção desse material e a duas turnês, uma mundial inclusive, o que leva o grupo a passear de avião por um bom tempo. Felizmente, parece que o selo dá-se conta da besteira que fez ao anunciar Sherlock, promovê-lo por cinco minutos e embarcar os rapazes para o Japão.

Logo no inicio de 2013 SHINee retorna à terra natal para lançar e promover seu terceiro álbum de estúdio, que dessa vez é anunciado como um trabalho de duas partes, contendo ao total 18 faixas e formando um único conceito – ainda que cada parte o aborde por ângulos diferentes.


Meu ponto fraco com esse grupo nunca foi realmente a questão coreográfica, física ou conceitual. Eles são todos como vantagens extras que se ganha ao acompanhar o trabalho, embora não sejam realmente características particulares.

Muitos podem argumentar a favor da questão coreográfica e eu poderia aceitar o argumento como algo que foi parte essencial do grupo quando eles iniciaram. Nos últimos anos, no entanto, a performance ainda que bem trabalhada, não contém a mesma mágica.

Além disso, os rapazes não criam moda ou estilo no sentido literal da palavra, mas ao invés, as colocam em evidência de tal forma que depois de um tempo, vamos vendo aqueles mesmos elementos sendo incorporados em outros aspectos da cultura pop do país.

São apenas nuances que o grupo aperfeiçoou ao longo do tempo, de acordo com seu próprio lema, o de grupo contemporâneo. E fecha bem o argumento a favor de afirmações como: “Cara, só o SHINee pra fazer uma coisa dessas (funcionar)”. Tome as imagens promocionais. Quem não lembra a invasão de estampas florais?

De fato, gosto de SHINee pelo som, ainda que eles tenham tomado para si a missão de introduzir estilos diferentes no mercado sul-coreano e com isso tenham se afastado mais e mais do R&B que os criou. Felizmente isso não quer dizer que eles não tenham constituído um som próprio, ou um estilo próprio de cantar.



O pacote inteiro que forma o 3º álbum The Misconceptions of Us aborda com maestria o amor que faz mal para ambas as partes – um tema maduro e apropriado para os rapazes que cresceram a nossos olhos. E arremata tudo com um som eletrônico e cheio de guitarras e baixos, criando uma ponte lógica entre o último álbum e este.

A transição entre as duas partes que formam TMoU é bem feita e cada um separadamente funciona como um álbum próprio, muito embora um seja superior ao outro. Falando de outro modo, o que o grupo falhou em criar na faixa híbrido de Sherlock, compensou neste álbum.

Ao longo das 9 faixas de Dream Girl – The Misconceptions of You, o título da primeira parte, encontramos muitas similaridades com os antigos trabalhos do grupo, e não falo somente da absolutamente óbvia introdução de Sherlock na faixa inicial Spoiler, mas sim da energia similar de certas faixas (Hitchhiking com Sherlock e boa parte do EP Romeo) ou a mesma cara – Girls, Girls, Girls e WOWOWOW soam igualmente sem fundamentos, tolas e irritantes como Bruno Mars cantando Lazy Song.


Em Why So Serious? – The Misconceptions of Me, o titulo da segunda parte, o mesmo ocorre com faixas como Why So Serious? (há tanta Sherlock-ice aqui) e Evil (quase uma meia-irmã de alguma coisa de Lucifer). A própria Excuse Me Miss não ficaria esquisita em The Shinee World. Essa última faixa, no entanto, encapsula muito bem a evolução do som dos rapazes e o aprimoramento vocal. A voz de JongHyun soa particularmente perfeita e a faixa teria sido irreprochável, não fosse o rap desnecessariamente longo de MinHo.

Em Dream Girl cada faixa tem um pouco do conceito funk selecionado para esse álbum – vocês sabem, o ritmo pesado, forte, baixo pronunciado e o tom repetitivo. Pensem James Brown e está tudo resumido. A diferença está no polimento e na execução bem feita. Bem feita por demais. Dream Girl é um sonho; meio louco, meio fora de lugar, por vezes perfeito, mas sempre tem alguma coisa denunciado que algo está errado (duhhh, isso é um sonho).

Falta ao álbum um pouco mais de balanço entre as faixas que pouco conversam entre si. Assim como falta aquele fator “UAU”. O grupo sempre se provou capaz de provocar reações fortes nos fãs e na mídia com singles moldados naquele fator intangível que em português chamamos por diversos nomes. O “balangandã”, o “tcham”, “pá”, o “ziriguidum”. Falta aquela coisa que distingue uma coisa da outra e ninguém define bem o que diabos é isso. Simplesmente acontece.

Dream Girl, a música, é excelente e vivaz. Tem muito de radiofônica e amiga de DJ. É acessível e fácil de acompanhar. Contudo, não tem o que precisa para bombar. Falta-lhe o mesmo ingrediente secreto que fez de:
  • 누난 너무 예뻐 (Replay), inesquecível;
  • Lucifer, irritantemente grudenta;
  • Ring Ding Dong (링딩동), terrivelmente dançante;
  • Hello, absolutamente detestável de tão ruim e ainda assim gostosa de cantar.
Todas essas canções tem algo de bom e ruim, e independente disto, elas cumprem bem seu papel de representar os álbuns dos quais fazem parte e serem canções memoráveis – seja a lembrança boa ou ruim.

Dream Girl não faz isso. Aliás, música alguma nesse álbum faz isso. Até mesmo minha preferida 아름다워 (Beautiful) – toda montada na balada eletrônica europeia com deliciosos estribilhos – não serviria para tal papel. No entanto ela nos mostra muito bem, assim como DG, que TaeMin tem estado cada vez melhor e que MinHo finalmente parece ter percebido que precisa cantar (e sabe fazê-lo!) e não simplesmente emitir sons.


Why So Serious?, o single da segunda parte, cumpre melhor essa função, muito embora vá ser colocada na lista de “memorável porque é uma bagunça de tão ruim”. É alta, cheia de informação e... como dizer? Que tal “Por favor, querem parar de por tanta coisa nos arranjos? Está me dando dor de cabeça”?.

Como um álbum, Why So Serious é bem menos alegre do que a primeira parte e abraça bem o som obscuro que vimos pela primeira vez em Lucifer. A batida eletrônica que perpassa pelo álbum inteiro não é exatamente enérgica. Boa parte do som tem algo de levemente triste e angustiado.

Mas sem sombra de duvidas, as canções que definem a superioridade da 2ª parte são Like a Fire, 떠나지 못해 (Sleepless Night) e 오르골 (Orgel). A primeira prova que o grupo não precisa de partes constantes de rap e MinHo pode cantar algo (depois é só corrigir). A segunda tem uma melodia fantástica, lembra as origens do grupo brilhantemente e evoca as emoções certas para finalizar esse álbum. Harmonia do c*ralho.

A terceira é simplesmente perfeita e pronto. Dane-se o que disserem, essa faixa é uma das melhores coisas que esse grupo fez em anos! Eles soam absolutamente únicos e SHINee ao mesmo tempo. E dá prazer tenta entender não só a letra, mas também os instrumentais usados.

E para fechar a era Misconceptions não posso deixar de falar que o videoclipe de Dream Girl é uma dos melhores vídeos que a SM já mandou fazer. Não sei como deixei passar pelo meu filtro, mas já vou prometendo que logo, logo, sairá um review especial, porque o clipe simplesmente merece uma postagem só sua.
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Na última parte, falaremos sobre os trabalhos mais recentes, os projetos pessoais e o futuro do grupo.

Fonte: Shinee World BR; Seoulbeats; Generasia/SHINee | Imagens: Shineee.net e Daum Music


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