abril 13, 2013

Nine: Episódio 3

Aceitar a morte é um passo difícil para qualquer um e vemos que apesar de parecer ter feito as pazes com seu destino, Sun Woo deixa escapar algumas vezes que a ideia continua sendo assustadoramente terrível. E como prova de que no fundo, no fundo, ainda nos agarramos a esperança da salvação, ele conscientemente vai em busca do seu milagre pessoal, mesmo que ele esteja enterrado sobre as espumas de um colchão em 1992.

RECAP EPISÓDIO 3

O capítulo abre com o momento em que Sun Woo volta à 1992 e telefona para o seu eu daquela época. E para não criar confusão vou chamar o mais novo de Sun Woo/92.


Em 2012, uma das maquiadoras aparece no camarim para buscar uma maleta, desequilibra o incensário na bancada e o jornalista volta para o futuro, pronto para apresentar o jornal a tempo. Enquanto uma das reportagens passa ele parece se lembrar do que aconteceu...

...um amigo de Sun Woo/92 pergunta se ele encontrou o bipe e o rapaz diz que alguém achou, mas desligou na sua cara e ainda por cima disse uma coisa estranha, sobre ele (o cara no telefone) ser ele (o garoto). O amigo o incentiva a ligar novamente e em 2012 o aparelho que ainda está com Sun Woo começa a apitar.


Presidente Choi é informado que Jung Woo morreu enquanto escalava o Himalaia no inicio do ano e sua expressão ao ouvir essa informação me faz desconfiar que isso pode significar algo para ele.


Depois que o jornal termina, o jornalista a quem Sun Woo pediu que investigasse o bipe confirma o que ele lembrara ainda a pouco – o número pertencia a uma sala de estudos que ele costumava frequentar. Ele então telefona para Young Hoon e pergunta se o amigo se lembra de ter comentado sobre seu bipe com ele.

O médico pensa e num flashback vemos o tal amigo, que na verdade é o Young Hoon de 1992, comentar com Sun Woo/92 que possivelmente o cara que invadiu sua casa e provocou a quebra do aquário é quem deve ter roubado seu bipe. Ao ouvir o amigo, o jornalista pergunta incrédulo “Você se lembra?”. Ele se pergunta como isso pode ser possível, mas diz a ele que irá lhe contar tudo depois, afirmando que se por acaso ele o considerar louco, significa que Young Hoon está louco também.


1992
Sun Woo volta para casa e procura por Jung Woo, que está em seu quarto ouvindo Tears in Heaven de Eric Clapton (aff!) e tentando encontrar as palavras certas para escrever uma carta que começa com o seguinte vocativo: “minha amada Yoo Jin”. Isso explica porque quando ele ouve a voz do irmão, esconde o papel e finge estar estudando.

Sun Woo começa a contar sobre o telefonema esquisito, mas sua mãe interrompe o chamando para conversar com seu pai. Ele vai embora, mas pede ao irmão para esperá-lo voltar e assim que sai Jung Woo tranca a porta e retorna a escrita da sua carta de amor. Embora as próximas palavras que o rapaz escreva denunciem que a carta é na verdade de rompimento.


Sun Woo vai dormir sem contar nada ao irmão, que resolve sair, mas fica na cama tentando decifrar o telefonema esquisito.

2012
Sun Woo entra em seu quarto e procura por seu diário de 1992. A tela divide e vemos as duas versões de Sun Woo naquele mesmo momento, cada um em seu tempo. O adolescente relata sobre o telefonema no papel e anos mais tarde ele mesmo lê as palavras.


Isso instiga ainda mais Sun Woo que ao se lembrar das palavras de hyung durante seu último encontro, resolve remexer entre os pertences do irmão que trouxe do Nepal. Ele folheia o caderno de anotações de hyung e encontra uma anotação curiosa, falando sobre a localização de alguma coisa. “Maruna Lodge, quarto 201, debaixo do colchão” e mais “Nove incensos que ele deixou”.


No dia seguinte, ainda no Nepal, Min Young está almoçando com o resto dos colegas repórteres, mas sua cabeça está longe, pensando na conversa que teve com Young Hoon. O médico revelou que Sun Woo quase não apareceu no jornal no dia anterior porque suas alucinações estão piorando. Ele inclusive pediu licença do trabalho para ir até o Nepal outra vez procurar por alguma coisa de hyung. O médico diz que o amigo está delirando.

E como não havia de ser diferente Sun Woo marca de se encontrar com aquele amigo detetive do primeiro capítulo justo na frente do restaurante no qual Min Young está. Ela o avista, mas ao invés de anunciar sua localização ela manda um SMS para ele agindo como se nenhum TUMOR CEREBRAL estivesse no meio do cérebro dos dois.


Ele diz que não quer ninguém perturbando seu namorando por isso está mandando mensagens e ele diz que pensava ter sido rejeitado, mas ela responde dizendo que ficou com pena dele e retira o que disse. Ela ainda faz graça com ele dizendo que já pode parar de chorar, mas a conversa é interrompida quando o detetive chega e Sun Woo lhe manda um até-logo-te-vejo-em-Seul.


Ele conversa com o detetive e pede que encontre alguém que possa lhe mostrar onde ficava o Maruna Lodge, já que o lugar foi fechado em 2002 devido a uma série de acidentes. Enquanto espera pelo guia ,Sun Woo começa a gravar uma mensagem para Young Hoon, para o caso de ele estar errado e as coisas que estejam acontecendo sejam apenas sintomas de sua doença. E pela primeira vez ouvimos alguém dizer ‘máquina do tempo’ nesse show.

Enquanto ele narra a saga de hyung em busca dos incensos mágicos (há, isso tem cara de titulo de filme da Sessão da Tarde) vemos Jung Woo receber de um desconhecido – cujo rosto nunca aparece – um único incenso e ouvir sobre eles, tudo contado em inglês.


Sun Woo acredita que o irmão não teve tempo de acendê-lo durante sua escalada ao Himalaia e acabou morrendo sem conseguir o que queria.

Nem mesmo quando Sun Woo caminha pela neve com o guia, o maldito tumor dá uma trégua e ele tem que parar um pouco para engolir mais outro comprimido azul. Eles seguem em frente e chegam ao local determinado, mas como não encontram nenhum resquício do local, o guia pede que Sun Woo fique onde está enquanto ele vai averiguar nas redondezas.

Ele aproveita que ficou sozinho e preparado com uma lamparina (para evitar o vento) e em contagem regressiva no relógio – segundo hyung um incenso dura cerca de 30 minutos para queimar o que dá mais ou menos 10 minutos para o que restou do que Sun Woo possui –, ele acende o resto do incenso.


Dá certo. Sun Woo é enviado de volta para o Maruna Lodge de 1992. E como ninguém ligava para segurança no Nepal em 92, Sun Woo inventa uma desculpa sobre ver um amigo no quarto 201 e consegue entrar no local. Oh e claro, bem ao gosto dos anos noventa, outra música mela-cueca está tocando ao fundo – Hello de Lionel Ritchie. Deus, eu odeio o Ritchie, mas o pior é descobrir que eu me lembro da música.


Para o azar do jornalista, tem uma mulher no quarto, que acabou de sair do banho e mesmo Sun Woo lhe pedindo educadamente para entrar, inventando uma desculpa até decente, ela não se apressa nem um pouco em sua rotina de beleza pós-ducha. O que o faz insistir e bater na porta, mas sem nenhum efeito.

Como nosso herói está correndo contra o tempo, ele decide não esperar e arromba a porta. A moça lá dentro não fica nada feliz e sai gritando, mas Sun Woo não perde tempo e encontra o que procurava, um cilindro azul decorado contendo os nove incensos de acordo com o que estava escrito no caderno de anotações.


Nesse momento o que suponho ser o namorado da hóspede aparece e se engalfinha com o jornalista e o cilindro rola para lá e para cá, até que Sun Woo consegue pegá-lo de volta, para logo depois perdê-lo ao tentar sair, cair da escada, ser impedido pelo gerente e voltar a se defender do namorado invocado.

No ponto alto da sequência, Sun Woo se defende com o disco da trilha sonora de O Guarda Costas (hahaha) e pula no ar para pegar o cilindro no momento exato em que o incenso está acabando. De volta a 2012, com o objeto bem seguro em suas mãos, ele conta os incensos e comemora com o punho no ar.


Depois de descer a montanha ele encontra seu amigo policial e os dois comentam sobre o LP que também viajou com ele de volta para 2012. Na volta para o hotel, ele compra um tocador de vinil e bota o disco para tocar. Whitney Houston está começando a dizer I Will Always Love You (que também é titulo da música) quando Min Young entra no quarto. De alguma forma isso soa brega na minha cabeça, mas na cena fica completamente normal.

Ela diz que resolveu alongar sua estada no Nepal depois que descobriu onde ele estava. E segue dizendo aceitar sua proposta de casamento – 3 meses passam rápido, e logo ela estará livre. Simples assim – e que eles deveriam aproveitar e pular a parte do casamento e simplesmente ter a lua de mel deles ali.


Ele parece surpreso de repente e chega até a chama-la de arrogante quando ela diz que ele tirou a sorte grande, já que não vai mais morrer solteiro (HÁ). Mas isso basta para mostrar que ela estava tentando agir feito uma tonta para agradá-lo e seus olhos se enchem de lágrimas, ao que ele a repreende por não ter fingido até o final e é por isso que ela nunca vai conseguir nenhuma manchete como repórter. Hahaha, ele é podre.

De repente, Sun Woo se levanta e tranca a porta usando as palavras dela de que essa é a lua de mel deles, certo? Ele avança aqueles três passos de segurança (ah, vai, você sabe do que eu estou falando) e a puxa pela cintura, ao que Min Young dá uma audível puxada de ar (OMO-OMO-OMO!) e pronto, aqui você ganha uma sessão decente de beijos e beijos e beijos.


Os dois acabam em cima da cama e Sun Woo interrompe as beijocas para fazer um novo acordo com Min Young, que tal se eles continuarem juntos por mais tempo, algo em torno de 30 anos, até que um deles peça para sair? Ela toma as palavras como se ele estivesse disposto a fazer o tratamento. Ele não nega a suposição dela totalmente e diz que está tudo bem, desde que ele continue vivendo, todo confiante de repente.


E depois de declará-la sua, ele volta a beijá-la. E enquanto a cena segue, ele narra sua segunda mensagem.
"22 de dezembro de 2012, segunda mensagem. Eu ainda não posso acreditar nessa sorte, ainda com medo de que seja uma alucinação. Mas frente à morte, tudo fica simples e claro como água. Acredite nas fantasias que quiser acreditar. Ame a mulher que você quer amar".

COMENTÁRIOS

Para quem estava achando estranho falar sobre esse show como “viagem no tempo”, finalmente entendeu onde exatamente essa parte estava e se encaixava, pois nos dois últimos episódios as referencias a isso tinham sido pequenas e pouco diretas. Mas agora acabou, já tivemos até personagem usando as palavras “máquina do tempo”.

Gostei da ideia de usarem incensos como o mecanismo de viagem, mas me pergunto por que o ano de 92? E segundo o estrangeiro que contou a Jung Woo o segredo sobre as varetas, a pessoa que possuiu o cilindro anteriormente também voltou para 92, então, o que isso quer dizer exatamente?

Mas afora essa dúvida, a ideia está bem explorada com suas regras bem claras – 30 minutos por incenso, o retorno ao passado é feito no mesmo local que se está, na mesma hora e no mesmo dia. E fica claro também que não é possível trazer apenas o cilindro de volta, mas qualquer outro objeto que você carregue consigo durante a viagem (assim explicando o LP e o bipe). 

A única observação negativa que tenho a fazer hoje é a trilha sonora do passado. Com tanta música boa, escolheram justamente canções melosas de amor, com cara de playlist de programa de rádio da madrugada que leva love no nome.

Clapton e Houston até passam, mas o Ritchie é demais. Por isso vou fingir que isso não aconteceu e vou me lembrar apenas dos bons momentos. Estou certa, ou estou completamente certa, OTP? Hum... eles estão meio ocupados para me responder agora.


*Agradecimento especial ao DramaFever que me permitiu divulgar imagens do drama!

Imagens: tvN/9; HanCinema;  

POSTS RELACIONADOS

Nenhum comentário:

Postar um comentário

COMENTE E/OU RECLAME