Até aqui acompanhamos nossos personagens andando em círculos, fazendo voltas e mais voltas no mesmo lugar esperando não precisar nunca ter que tomar uma linha reta. Agora que eles foram obrigados a sair do seu ponto de segurança, vemos que alguns decidiram voltar atrás na linha reta para tentar reparar erros passados enquanto outros a muito custo, resolveram seguir em frente. Pena que a dor ainda permaneça com eles no caminho.
RECAP EPISÓDIO 8 -走り出す(Começando a correr)
Uma colagem das cenas do episódio anterior e voltamos direto para a narração de Kanon:
“Onii-chan, a Kiyoka-san não voltou naquele dia. Nem voltou no dia depois daquele”.
Subaru telefona para Junya e o avisa de que tomará conta da ex-comatosa a partir de agora. O terapeuta continua se recusando a falar abertamente sobre Kanon com Ikeda, preocupado com o que possa acontecer a moça se ele publicar o artigo e ela lê-lo. O repórter prefere seguir em frente, se negando a fechar os olhos para o que aconteceu e temendo que ao se calar ele provoque mais uma desgraça – Ikeda uma vez, não foi a fundo em uma reportagem e a vitima se matou. Oh caramba, mais um carregando culpa?
Ele então deixa um recado de voz para Kanon pedindo para conversar a respeito de seu passado. Que meigo, ele finalmente resolveu pedir licença.
À noite, Kanon encontra Junya olhando desolado sua cama vazia... que logo se transforma em um ataque de raiva e o rapaz sai quebrando tudo. Isso, bom pra você! Pena que ele não esteja preparado para receber o conforto de Kanon, que como sempre, sofre. Yadda, yadda, yadda...
Na Igreja, Junya mente para Pe. Yoshimishi e Mizuki sobre ter colocado Kiyoka em uma casa de repouso e depois de uma observação pertinente do padre, ele se agonia e vai até a casa de Subaru com vários itens específicos de higiene para o organismo sensível da ex-noiva, embora não entre e só deixe os materiais na porta.
Enquanto isso Mizuki aparece em sua casa e não fica nada contente em descobrir que Kanon continua por lá, reclamando inclusive que Junya parece ainda mais down agora que Kiyoka se foi. Kanon expressa sua vontade de que a ex-comatosa volte e Mizuki nota muito bem pela declaração que é como se Kiyoka tivesse ido embora de livre e espontânea vontade.
Junya chega e Mizuki o questiona se talvez Kiyoka não tenha ido embora por causa da terceira pessoa desse triângulo. Ela vai embora depois de soltar seu veneno e Kanon cai direitinho na armadilha dizendo que ela está certa e deveria ir embora e Junya surpreende (a mim e Kanon) ao concordar que talvez seja melhor assim.
No domingo, Kanon visita Subaru. Ela pergunta se os dois estão bem e Subaru afirma que está acostumado a sempre fazer o que Kiyoka quer no final das contas, e de qualquer forma, ele sabe que está fazendo um bem para Junya por extensão, mesmo que no inicio seja um pouco difícil de se adaptar.
Ao chegar em casa e notar que Junya continua para baixo e não foi trabalhar ela sugere que os dois saiam para dar um passeio. Ela tenta novamente a tática que usou com onii-chan. Enquanto ela sai para comprar um crepe, Junya se distrai seguindo uma garotinha que segura um balão que o faz se lembrar de Kiyoka. Kanon o encontra e é recebida com as palavras mais FDP que ele já disse até esse ponto do drama:
“Porque você está aqui? Porque você é tão gentil comigo? Eu não entendo. Eu não faço a menor ideia de como você se sente.”
De volta a casa, Kanon impede que ele queime suas fotos com Kiyoka lhe dizendo sabiamente que um dia ele sentirá falta dos bons tempos e quererá olhar para elas mais uma vez, relembrando. O esforço que se faz pela pessoa amada nunca é em vão, mesmo que essa pessoa ame outra pessoa – palavras de Kanon. Junya lhe pergunta como ela pode saber disso? Há, como o Junya é obtuso.
Oh, tem esse momento onde ele observa Kanon e parece que ele está prestes a ter uma revelação... e Kanon interrompe. Urgh, sua tonta!
Subaru tem passado seus dias cuidando de Kiyoka e falando de Junya para que ela nunca se esqueça do mal que fez para ele. Mizuki lhe faz outra visita surpresa, preocupada que Junya tenha deixado a ex-noiva aos cuidados de terceiros e bem na hora Kiyoka surge em toda a sua gloria na cadeira de rodas. Segue o diálogo mais legal até então:
Mizuki: Porque Kiyoka-san está aqui?Subaru: O Junya não te contou?Mizuki: Não, nada.Subaru: Então não posso te contar [faz menção de fechar a porta]
ROTFL!
Junya não vai trabalhar no bar naquela noite e apesar de preocupada, Kanon parece feliz ao voltar mais tarde e encontrá-lo compondo o que mais tarde vem a ser “イノセント・ラヴ-MAIN THEME-”.
Ele toca um pedaço e ao final a vê lhe observado. Ele diz que parou de compor depois que Kiyoka entrou em coma, mas depois de ver a flor que Kanon deixou para ele de manhã, sentiu vontade de compor novamente. Ela o incentiva a gravar e mandar para Kiyoka, porém Junya a interrompe dizendo que escreveu para a própria Kanon, que permaneceu ao seu lado nesses dias em que esteve confuso. Com os olhos cheios de lágrimas ela pede que ele toque mais uma vez.
♫イノセント・ラヴ-MAIN THEME- - Kanno Yugo♪
A cena dissipa para a manhã seguinte na qual Junya oferece a Kanon o dinheiro que ela precisa para afiançar o irmão, pedindo que juntos eles possam seguir em frente e se livrar do passado. E, aliás, ele pede que ela não vá embora. \o/ *dançadafelicidade*
Cenas de Kanon e Junya juntos no dia a dia são entrecortadas enquanto ela diz:
“Onii-chan, os dias seguintes foram brilhantes e felizes, como se o sol tivesse aparecido depois de um longo tempo de nevoeiro denso ao nosso redor. No fundo do meu coração, eu rezei para que esses dias durassem para sempre”.
Durante uma ida ao supermercado, Ikeda avista os dois conversando e resolve desencavar o artigo que tinha feito sobre a garota que se suicidou. Ele parece estar dividido e no fim das contas, destrói o artigo depois de pronto, chegando a dizer para seu (ao que parece) chefe que não conseguiu nada que valesse a pena escrever a respeito. Para seu azar, o homem é esperto e tira do lixo os pedaços da impressão que ele rasgou e tentou furtivamente se desfazer.
Junya sai na manhã seguinte para um encontro em uma gravadora e Kanon sai para comprar ingredientes para um prato especial. No caminho de volta, ela dá de cara com uma edição da revista de Ikeda com a cara de Yoji estampada. Ela lê o artigo (intitulado "Pai abusou sexualmente da própria filha") e suas memórias voltam com força total. E o flashback finalmente mostra o rosto de quem puxava seus lençóis.
Yoji escreve uma carta para a irmã pedindo que ela encontre a felicidade e se esqueça dele.
Junya volta para casa e não encontra nem a garota nem suas coisas, mas vê que ela lhe deixou um bilhete. Corta para Kanon na rodoviária esperando o ônibus para Nagano.
♫Eternally (Drama Mix) – Utada Hikaru♪
Junya não aceita o que está escrito e sai correndo atrás dela. E aí quem aposta que ele alcança a garota? Bah, ele chega a tempo de vê-la subir a bordo, mas perde muito tempo olhando para ela ao invés de correr. E lá ela vai embora. E descobrimos o que diz o bilhete quando ele o deixa cair em derrota.
“Junya-san, você fez muito por mim. Muito obrigada. Adeus. Kanon”.
OPINIÃO FINAL
Se tem algo que adoro é quando os personagens mais certinhos dão uma surtada. Cheguei a pensar que o máximo de exploração de Junya que iria ver, era mesmo aquela partes onde ele sofre pelos cantos e pensa em se jogar de prédios, mas eis que tudo o que precisávamos era um bom pé na bunda.
Depois de ser desprezado por Kiyoka finalmente descobrimos que o músico é um ser humano de carne e osso, capaz de sentir raiva, medo, e todas essas outras coisas que pareciam impossíveis para o sempre simpático e melancólico Junya que conhecemos até agora. Particularmente fiquei grata por terem explicado o que estava acontecendo com ele, se era culpa, indecisão ou outra coisa.
Muito interessante que ele tenha pensado que precisava esperar Kiyoka voltar para fazer algo de sua vida, bem parecido com Kanon, que faz o suficiente para se manter, mas não cria vínculos nem laços em lugar algum pois ainda espera seu irmão ser solto. E de qualquer forma, ninguém parece querer criar laços com a coitada.
Também gostei que novamente fizeram uso do enorme piano e do fato de Junya ser um compositor. Para ele, que sempre teve como paixão e sustento a música, voltar a compor qualquer coisa que fosse, inspirada por ninguém menos que seu verdadeiro suporte no drama inteiro, Kanon, foi finalmente quebrar o circulo vicioso e escolher dar um passo a frente e mais um, e mais um, e mais um...
E o melhor é que ele literalmente convida Kanon, também, a seguir em frente; juntos. Own~ já posso torcer por vocês?
Fonte: DramaFans
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